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Marcelo espera receber amanhã o primeiro-ministro que irá indigitar

Segundo o Presidente da República existe "uma razão de urgência", que é a realização de "um Conselho Europeu muito importante para discutir o 'Brexit'".

07 de outubro de 2019 às 12:43

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta segunda-feira que espera receber ainda na terça-feira o primeiro-ministro que irá indigitar, após ouvir os dez partidos com representação parlamentar.

"Espero ainda amanhã [terça-feira], se for possível, em termos de tempo, depois receber em Belém o primeiro-ministro que vier a resultar em termos de indigitação da audição dos partidos", declarou o chefe de Estado aos jornalistas, à saída de uma iniciativa no Centro de Congressos do Estoril.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, existe "uma razão de urgência", que é a realização de "um Conselho Europeu muito importante para discutir o 'Brexit' antes do dia 31 de outubro", na próxima semana.

"Conviria que o primeiro-ministro indigitado ouvisse os partidos numa composição diferente do parlamento, portanto, já deste parlamento acabado de eleger, sobre os temas europeus, antes da tomada de posição no Conselho Europeu", considerou.

Na sequência das eleições legislativas de domingo, que os socialistas venceram sem maioria absoluta, o Presidente da República convocou os dez partidos que elegeram deputados - PS, PSD, BE, PCP, CDS-PP, PAN, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e Livre - para audições no Palácio de Belém na terça-feira entre as 11:30 e as 20:00, por ordem crescente de representação parlamentar, "tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro".

O artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa estabelece que "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

Antes, Marcelo Rebelo de Sousa discursou em inglês na sessão de abertura do 42.º Congresso da Comissão de Ciência do Mediterrâneo, que contou com a participação do príncipe Alberto II do Mónaco, país onde tem sede este organismo dedicado à investigação científica marinha.

O chefe de Estado referiu-se ao príncipe Alberto II como "quase um cidadão honorário de Portugal", elogiou o papel de Mónaco na Comissão de Ciência do Mediterrâneo e convidou-o a estar presente na conferência das Nações Unidas sobre os oceanos que terá lugar em Lisboa em 2020.

O Presidente da República insistiu na urgência do combate às alterações climáticas e considerou que a cimeira do clima realizada nas Nações Unidas (ONU) no final de setembro foi marcante porque "pela primeira vez líderes todos os continentes mostraram compreender como é importante é agir" nesta matéria e que "o tempo está a esgotar-se".

Sobre os oceanos, Marcelo Rebelo de Sousa realçou a sua importância para Portugal e contou ao príncipe Alberto que nada "quase todos os dias no mar, mesmo no inverno", observando: "E isto não é o Mónaco, mesmo com o aquecimento global, Cascais não é o Mónaco".

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