Escritor morreu esta sexta-feira, em Lisboa, aos 78 anos.
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O presidente da Assembleia da República manifestou esta sexta-feira o seu "profundo pesar" pela morte do historiador, escritor e cronista Vasco Pulido Valente, considerando que é uma figura "incontornável" do panorama cultural português e que deixou obra "significativa".
Vasco Pulido Valente morreu esta sexta-feira, em Lisboa, aos 78 anos. O seu corpo vai estar em câmara ardente a partir do próximo domingo, no centro funerário de Cascais, em Alcabideche.
"Ao tomar conhecimento do falecimento de Vasco Pulido Valente, não posso deixar de manifestar o meu profundo pesar pelo seu desaparecimento. Historiador, escritor, polemista e cronista de inegável inteligência e forte sentido crítico, Vasco Pulido Valente era uma figura incontornável do panorama cultural português, tendo deixado significativa obra, nomeadamente sobre o século XIX", escreveu Ferro Rodrigues, numa nota enviada à agência Lusa.
O presidente da Assembleia da República referiu depois que Vasco Pulido Valente integrou, como secretário de Estado da Cultura, o VI Governo Constitucional, "dirigido por Francisco Sá Carneiro, tendo sido apoiante de Mário Soares na sua primeira candidatura presidencial [em 1986]"
"Foi ainda deputado à Assembleia da República, na VII Legislatura, eleito como independente nas listas do PSD. À sua família e amigos endereço, em meu nome e em nome da Assembleia da República, as mais sentidas condolências", acrescentou Ferro Rodrigues.
De nome Vasco Valente Correia Guedes, o ensaísta nasceu em 21 de novembro de 1941, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de Oxford.
Ainda adolescente adotou o nome de Vasco Pulido Valente por não gostar do nome de nascimento, como chegou a revelar em entrevistas.
Trabalhou como investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais e lecionou no Instituto Superior de Iconomia (atual ISEG), no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
Foi colunista dos jornais Público, Expresso, Diário de Notícias, A Tarde, O Independente e do O Observador.
Trabalhou ainda como comentador da TSF, da Rádio Comercial e da TVI.
Entre os livros que publicou, contam-se "Os Militares e a Política: 1820-1856", "A República Velha: 1910-1917", "Marcelo Caetano: As Desventuras da Razão", "De mal a pior" e "O fundo da gaveta", estes dois últimos, os mais recentes, publicados pela D. Quixote.
Uma crónica sua, no Público, sobre o estado do PS, no verão de 2014, intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caraterização feita mais tarde por Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda e PCP, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional.
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