Nem a família de Marcelo Rebelo de Sousa consegue quebrar o tabu sobre a sua recandidatura à Presidência da República. Depois do filho Nuno Rebelo de Sousa ter dito ao ‘Expresso’ que dá como certo o segundo mandato do pai, Francisco, de 16 anos, afilhado e "neto preferido" de Marcelo afirmou o contrário. "O palpite de filho vale tanto como o de milhões de portugueses, logo a começar pelo do meu neto mais velho que é exatamente o oposto", revelou este sábado Marcelo.
"Cada cabeça a sua sentença e a política não se se faz de palpites, faz-se de decisões e quem as vai tomar não é ninguém, não é a família", mas o próprio Marcelo. "Em outubro [de 2020] tomo a decisão e comunico aos portugueses", vincou. ?"No hemisfério em que vivemos, as decisões dos candidatos não são comunicadas pelos filhos nem pelos tios nem pelos primos nem pelos avós", acrescentou. Apesar disso, vai "ouvir as várias opiniões", incluindo a do seu "neto preferido", o Francisco, como já admitiu Marcelo recentemente.
Depois de ter sido submetido a um cateterismo, o Presidente disse que a "recuperação é um fator positivo para ponderar a recandidatura". "Tendo corrido bem esta cirurgia e sendo a evolução seguinte positiva, isso é um fator positivo na ponderação do que irei fazer daqui por um ano", acrescentou.
Chega, IL e Livre devem ter direito à palavraMarcelo Rebelo de Sousa disse este sábado que leu com atenção" a posição do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, "no sentido que é uma boa orientação que todos os que tenham assento parlamentar possam ter uma palavra a dizer".
Quanto ao pedido de audiência do Chega, o Presidente não deu a certeza de receber já André Ventura, dado que na próxima semana tem uma visita a Itália, mas prometeu receber todos os partidos "a breve trecho" sobre o Orçamento do Estado.