O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que será possível desfazer a "negociata" da concessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto sem custos porque os contratos não foram visados pelo Tribunal de Contas.
"Felizmente, a cegueira e o radicalismo foi tanto, a trapalhada foi tanta, que o Tribunal de Contas não visou os contratos e hoje é possível desfazer essa negociata sem que isso custe dinheiro ao Estado nem implique indeminizações que o Estado teria de pagar", afirmou António Costa no parlamento, durante a apresentação do Programa do XXI Governo Constitucional.
O chefe do executivo falava em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, que tinha confrontado António Costa com a "onde de greves" anunciada pelos sindicatos do setor dos transportes, em Lisboa e no Porto, durante o mês de dezembro.
"Essa teimosia assenta simplesmente num preconceito, o de que a gestão privada é melhor do que a pública, mesmo quando essa gestão privada é assegurada por um empresa pública espanhola a quem o governo entregou parte dos transportes públicos do Porto porque não confia nas autarquias locais", declarou o primeiro-ministro.