Guilherme Silva entende que as faltas à sexta-feira indicam que os deputados que estão deslocados de casa regressam às suas famílias mais cedo, o que poderia ser evitado com um reformulação da agenda da Assembleia da República. “É preciso não esquecer esta componente humana, uma vez que o Parlamento tem deputados de todo o país”, defendeu o social-democrata em declarações à TSF.
A posição de Guilherme Silva já foi contrariada por José Junqueiro, vice-presidente da bancada do PS, por considerar que as “razões são iguais para todos os trabalhadores que estão longe da família”. “Não se perceberia um regime de excepção para os deputados”, frisou.
A polémica das faltas dos deputados foi levantada quando na sexta-feira 28 deputados do PSD faltaram à votação de vários projectos, entre os quais um sobre a suspensão do modelo de avaliação dos professores, chumbado pela maioria socialista. Mas dadas as faltas no PS e os votos favoráveis de seis deputados socialistas, o diploma teria sido aprovado pela oposição.
As ausências dos deputados irritaram a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, que exigiu ao líder parlamentar, Paulo Rangel, uma justificação, e motivou uma troca de palavras entre Marcelo Rebelo de Sousa e Santana Lopes