Mariana Leitão considera que "o país não tem tempo para adiar as medidas que precisa".
A presidente da IL, Mariana Leitão, anunciou esta segunda-feira que o seu partido votará contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026, na generalidade, acusando o Governo de apresentar um documento "pouco ambicioso" e "ganancioso para o Estado".
"O país não tem tempo para adiar as medidas que precisa, este Orçamento infelizmente não resolve o problema das pessoas, que era essencial que resolvesse, e é por isso que a IL vai votar contra este Orçamento na generalidade", anunciou a líder da IL numa conferência de imprensa, na Assembleia da República, horas antes do início do debate em plenário da proposta orçamental apresentada pelo Governo.
Questionada sobre se há abertura para o partido mudar o sentido de voto após a discussão na especialidade, a presidente da IL garantiu que o "partido não tem problema nenhum em rever o sentido de voto na votação final" se houver alterações significativas que respondam aos problemas dos portugueses, mas acrescentou que "esse é um cenário um pouco idílico", sobre o qual "tem algumas dúvidas de que se venha a materializar".
Mariana Leitão argumentou que o Orçamento do Estado para 2026 proposto pelo Governo "não dá qualquer resposta", é "pouco ambicioso para os portugueses e o país" e é "muito ganancioso" para o Estado, e acusou o executivo de anunciar "dez ilusões", como redução da carga fiscal, a reforma do Estado ou a resposta à crise da habitação.
Os liberais consideram que esta é uma proposta que não só não baixa os impostos, como até os aumenta, exemplificando que as alterações nos escalões do IRS não são suficientes para "neutralizar o aumento dos salários" e as atualizações no IMT não compensam a subida do preço das casas.
"Mesmo quando finge reduzir, o Governo cobra mais, é o truque habitual, chama-lhe alívio, mas na prática cobra mais", afirmou.
A presidente da IL acusou também o Governo de iludir quando fala de um orçamento rigoroso, argumentando que "o documento está cheio de artigos copiados de anos anteriores, alguns com a data de 2012 ou até mesmo de 2004", que revelam "displicência" do executivo na sua elaboração.
Entre as "ilusões" presentes no documento, a presidente da IL elencou ainda as promessas do Governo de que este é um orçamento que permite avançar com grandes projetos estratégicos, cumpre os compromissos com os portugueses, tem ambição e que prepara o futuro.
"É um orçamento para gerir o presente, para tentar enganar o país. Não devolve rendimento, não reforma o Estado, não desbloqueia casas. Portugal precisava de facto de um orçamento que libertasse o país do peso do Estado, que desse espaço às famílias e às empresas. O que temos é o oposto, mais despesa, mais impostos, mais dependência, mais estagnação e o Governo chama a isto futuro", atirou.
Mariana Leitão disse também que "este orçamento é em tudo semelhante ao orçamento do ano anterior e aos que o antecederam", conseguindo "em algumas matérias ser ainda pior", nomeadamente quando se "compara aquilo que este Governo prometeu" e o que consta no documento.
A Assembleia da República começa hoje a debater em plenário a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026, que tem aprovação garantida na generalidade, com a abstenção do PS.
O debate arranca esta segunda-feira, às 15h00, com uma intervenção do primeiro-ministro, numa tarde em que a discussão do documento tem 249 minutos previstos, embora os partidos possam antecipar ou transferir parte do tempo para terça-feira.
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