Mariana Leitão considerou que, "como nunca se sabe muito bem o que esperar do Chega, é difícil antecipar esses consensos agora".
A líder da IL considerou este sábado difícil antecipar consensos à direita sobre a lei da greve porque "não se percebe bem a posição do Chega" sobre o assunto, recordando que defendeu o direito à greve nas forças de segurança.
Em declarações à agência Lusa antes de um jantar com candidatos autárquicos na Charneca de Caparica, concelho de Almada, Mariana Leitão reagiu ao desafio lançado esta sexta-feira pelo líder do Chega, André Ventura, para que haja um "consenso alargado" à direita para alterar a lei da greve.
"A minha dúvida em relação a essa questão é que não se percebe bem a posição do Chega quanto à matéria", respondeu Mariana Leitão, frisando que o Chega já defendeu, no passado, que as forças de segurança façam greve.
"Nós aí temos uma visão completamente diferente, considerando que é a segurança das pessoas também que está em causa e que uma eventual lei da greve nessas forças de segurança podia trazer problemas graves para a segurança e bem-estar das pessoas no país", referiu.
Mariana Leitão considerou assim que, "como nunca se sabe muito bem o que esperar do Chega, é difícil antecipar esses consensos agora".
No entanto, Mariana Leitão defendeu que "devem ser feitas melhorias à greve" para que sejam garantidos serviços mínimos e as pessoas não estejam "dependentes dos interesses que estão estabelecidos em algumas estruturas sindicais, muitas vezes políticos".
"Não pode haver aqui um conflito entre o direito à greve e o direito às pessoas terem acesso aos serviços, que é o que se verifica hoje em dia", defendeu, ressalvando que "não está em causa o direito à greve", mas é preciso garantir que esse direito "não impacta da forma negativa que tem impactado na vida das pessoas".
Mariana Leitão considerou que o problema atual de Portugal é que, como os serviços públicos "funcionam mal, estão dependentes de horas extraordinárias", que "não são alvo de serviços mínimos que estão estabelecidos na lei".
"É óbvio que é preciso também fazer as adaptações de forma a garantir que há serviços mínimos, independentemente de ser greve às horas extraordinárias ou outro tipo de greve, mas que há esses serviços mínimos para não prejudicar as pessoas", disse.
Esta sexta-feira, o líder do Chega manifestou-se disponível para um "consenso alargado" com PSD, IL e CDS para alterar a lei da greve, defendendo que é preciso equilibrar o direito à greve com a garantia de funcionamento dos serviços públicos.
"Nós gostaríamos de, antes de se mexer na lei [da greve], criar um consenso o mais alargado possível sobre os tópicos e os pontos em que é preciso mexer na lei", afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas à chegada à Quinta Monte Redondo, em Sintra, para participar numa sessão de apresentação de candidatos autárquicos.
O líder do Chega considerou que há um conjunto de medidas que são consensuais entre os partidos de direita sobre a lei da greve, designadamente que "os serviços públicos, como os transportes, não podem parar discricionariamente e as pessoas ficarem sem transportes".
Outra das matérias que considerou ser consensual é que quem tem passes, seja da Carris ou da CP, "não pode simplesmente ficar sem serviço" e deve ser ressarcida pela interrupção do serviço em caso de greve.
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