Liberais salientam a necessidade de articular a ajuda à Ucrânia com a manutenção das capacidades militares nacionais.
A Iniciativa Liberal (IL) quer saber quantos tanques Leopard 2 tem Portugal e os que estão operacionais, além dos motivos da "indecisão do Governo" quanto ao envio destes carros de combate para a Ucrânia.
Numa pergunta dirigida à ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, o Grupo Parlamentar da IL refere que após a Alemanha ter autorizado a cedência dos tanques de fabrico alemão na semana passada, "surgiu uma profusão de notícias, muitas vezes contraditórias, acerca da intenção [portuguesa] de enviar quatro carros de combate".
"Segundo vários artigos da imprensa de 27 de janeiro, apenas dois dos carros a enviar estariam operacionais, sendo que no total o país dispõe de 37 destes veículos, um terço dos quais operacional", é referido no texto.
Os liberais citam as declarações de Helena Carreiras esta segunda-feira, em Oeiras, quando afirmou que ainda não foi tomada uma decisão quanto ao envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, salientando a necessidade de articular a ajuda àquele país com a manutenção das capacidades militares nacionais.
"Não havendo uma decisão tomada nem data anunciada de envio, e tendo em conta a centralidade destes equipamentos na formação da capacidade contraofensiva da Ucrânia - cujo 20% do seu território permanece ainda ocupada por forças invasoras" a IL apresenta um conjunto de questões à ministra.
"De quantos carros de combate Leopard II dispõem, neste momento, as Forças Armadas Portuguesas?" e desse total "quantos estão operacionais", questiona.
Havendo tanques inoperacionais, os liberais perguntam se "há alguma estimativa do tempo médio para a operacionalização destes veículos".
"O que motiva a indecisão do Governo acerca do envio de carros de combate para a Ucrânia?", é outra das questões dirigidas ao Governo liderado por António Costa.
A IL quer igualmente saber se o executivo estabeleceu "algum limite máximo do número de veículos a serem enviados para a Ucrânia" e "se sim, qual, e segundo que critério".
"Dados os constrangimentos temporais existentes na guerra que exigem o treino e a preparação rápida de pessoal e equipamento, tão necessários à Ucrânia, está disposto o Governo a estabelecer uma data máxima de decisão sobre o envio de tanques para a Ucrânia?", perguntam ainda os liberais.
Na segunda-feira, em Oeiras, Helena Carreiras voltou a recusar comentar se, como noticiou o Expresso, a maioria dos 37 tanques Leopard 2 que Portugal possui estão inoperacionais, salientando que "há diferentes elementos a considerar, quer na constituição da própria capacidade, quer questões que têm a ver com a operabilidade dos meios, com as questões do treino, com as questões dos suplentes".
"Os equipamentos militares estão sempre em vários graus de operacionalidade, e eu não me refiro publicamente à operacionalidade dos meios militares, até por razões de segurança", afirmou quanto questionada sobre a operacionalidade dos tanques.
Em 20 de janeiro, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro, indicou que Portugal tem 37 tanques Leopard, mas recusou comentar quantos poderiam ser enviados para Ucrânia.
Na semana passada vários países anunciaram o fornecimento à Ucrânia de tanques pesados Leopard 2, de fabrico alemão, após a Alemanha ter autorizado a cedência dos tanques, e os Estados Unidos o fornecimento de blindados Abrams, que Kiev pedia insistentemente, equipamentos que as autoridades de Berlim e de Washington estavam renitentes em autorizar.
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