O ministro dos Negócios Estrangeiros está a ser ouvido esta terça-feira no Parlamento, a pedido do PSD, para tentar esclarecer a derrapagem nas obras do Hospital Militar de Belém.
Em resposta à pergunta do deputado do PSD João Montenegro acerca da realização do questionário do Governo aos novos funcionários, Gomes Cravinho responde: "As 36 perguntas não me fazem confusão nenhuma" . O ministro diz que vê "muita jactância e insinuações, mas em concreto. Nada".
De seguida, a deputada do PSD Paula Cardoso afirma que "o ministro diz que não autorizou a despesa e isso não lhe foi solicitado". "Não tenho dúvidas que formalmente não autorizou, disso não tenho dúvidas outra coisa é não lhe ter sido pedida autorização", refere. João Gomes Cravinho explica que o email não era um pedido de autorização de despesa.
Ainda em resposta à deputada Paula Cardoso, o ministro diz que o ofício enviado sobre o aumento dos custos da obra não era claro sobre as despesas em causa, apesar de este demonstrar que o custo total seria superior ao inicialmente previsto, mas que nada disso explicita uma autorização.
André Ventura, líder do Chega, considerou que o atual ministro dos Negócios Estrangeiros já não deveria estar a exercer funções e que mentiu no parlamento quando afirmou que o ofício não lhe foi solicitado. "Mais do que achar é preciso mostrar que eu menti", respondeu Gomes Cravinho e reafirmou que o pedido não lhe foi solicitado.