PSD e Chega concordam em legislar sobre o acesso dos imigrantes a apoios sociais num diploma autónomo.
Um entendimento entre o PSD e o Chega fez passar no Parlamento a nova versão da lei dos estrangeiros, que teve o voto contra de toda a esquerda. O texto final inclui uma formulação genérica sobre o acesso dos imigrantes a apoios sociais, com o PSD a comprometer-se a discutir futuramente esta matéria com o Chega, para legislar sobre ela num diploma autónomo.
O ministro da Presidência, Leitão Amaro, a quem compete a tutela da imigração, saudou o “esforço equilibrado” do partido de André Ventura, que pela voz da deputada Cristina Rodrigues reconheceu que “o texto é suficiente”, para já, mas apontou a necessidade de “ir mais longe” no futuro. Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, afirmou que os sociais-democratas deixam a “porta aberta” a alterações legislativas para “aprimorar os mecanismos de combate à fraude e ao acesso injusto às prestações sociais”.
O texto final mantém o prazo de dois anos de residência válida para pedir o reagrupamento familiar, mas admite exceções, incluindo para cônjuges. Embora se mantenha o prazo geral de dois anos indicado no diploma chumbado pelo Tribunal Constitucional, este passará para 15 meses quando se trate de cônjuges sem filhos comuns que coabitaram com o requerente do reagrupamento familiar nos 18 meses anteriores a este ter imigrado para Portugal.
A nova lei dos estrangeiros alarga a possibilidade de pedido imediato, que já estava prevista para menores, a maiores incapazes a cargo do imigrante e ao pai ou mãe do seu filho. Tal como na versão inicial, profissionais altamente qualificados ou com autorização de residência para investimento ficarão igualmente dispensados de qualquer prazo para pedir o reagrupamento familiar.
Na votação na especialidade, o Chega conseguiu que a avaliação da renovação da autorização de residência não contabilize os apoios sociais, enquanto o PS viu aprovada a sua proposta relativa aos acordos bilaterais com Estados terceiros para agilizar os procedimentos de emissão de vistos e de autorizações de residência. “Nós aprovámos propostas dos dois maiores partidos da oposição, propostas de acerto, contributos que tenho de reconhecer que são positivos”, afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
ALTERAÇÃO REJEITADA
O líder do PS lamentou o chumbo da proposta dos socialistas para a emissão de vistos para procura de trabalho consoante as carências de mão de obra, identificadas pelo IEFP em cada região. José Luís Carneiro acusou o Governo de ter optado por “legislar sobre as perceções”, mas afastou dúvidas de inconstitucionalidade.
Esquerda votou contra
A nova versão da lei dos estrangeiros foi aprovada com votos favoráveis do PSD, CDS, Chega, IL e JPP, e votos contra do PS, Livre, PCP, BE e PAN.
LIVRE PEDE VETO
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, apelou ao Presidente da República para vetar politicamente a nova lei dos estrangeiros, porque “o País só terá um desenvolvimento harmonioso se souber valorizar quem trabalha”.
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