Eleitores de freguesias dos concelhos de Montalegre, Sabugal e Barcelos apelaram ao boicote.
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Os habitantes de quatro freguesias aproveitaram as eleições deste domingo para protestar contra a exploração de lítio (em Morgade e Cervos, concelho de Montalegre), a falta de água (Malcata, Sabugal) e passagem de linha de alta tensão (Perelhal, Barcelos). As portas da mesa de voto foram fechadas a cadeado, mas foram reabertas. As residentes nesses locais apelaram à abstenção.
A meio da tarde, a GNR, que destacou mais de 5000 militares para assegurar a tranquilidade do ato eleitoral, deu conta de pequenos incidentes nos distritos de Vila Real, Braga e Faro.
Em Morgade, o apelo foi para o ‘não voto’, em protesto contra a instalação de uma exploração de lítio, prevista para a mina do Romano, naquela freguesia, que inclui as aldeias de Rebordelo e Carvalhais. Ação semelhante na freguesia de Cervos, onde as urnas abriram atrasadas. A aldeia de Cortiço mostrou-se solidária com a ação e reclama a falta de saneamento.
A maioria da população de Malcata prescindiu do direito de voto em protesto contra o esvaziamento da barragem da Senhora da Graça. "Vamos continuar a boicotar as eleições até que os transvazes para a barragem da Meimoa sejam feitos com mais critério, e que seja construído um açude que permita criar uma reserva de água para uso da aldeia", avisa Carlos Vaz, habitante de Malcata.
Em Perelhal, Barcelos, os três portões da assembleia de voto foram fechados a cadeado, mas o espaço foi aberto "a tempo e horas", decorrendo o ato eleitoral "dentro de toda a normalidade". Protestam contra a passagem na freguesia de uma linha de muito alta tensão.
Uma avaria na fechadura da porta da antiga escola primária de Montes de Alvor, Portimão, levou a que a mesa de voto abrisse 10 minutos mais tarde que o previsto.
Eleitores esperam horas para votar
A nova organização das secções de voto - passou do número de eleitor para o nome - juntou centenas de pessoas em mesas onde votaram os nomes mais comuns.
Foi o caso da Escola Ferreira Dias, na Agualva (Sintra). Houve quem tivesse esperado horas para votar. Ao lado, secções tinham 4 eleitores na fila. Uma situação que se repetiu em vários pontos do País. Depois das 19h00 ainda se votava em muitas mesas.
SAIBA MAIS
230
é o número de deputados eleitos nos 22 círculos eleitorais: 18 correspondentes aos distritos do continente; dois relativos aos arquipélagos da Madeira e Açores; e dois respeitantes aos círculos da emigração (Europa e Fora da Europa).
Lisboa
É o distrito de Lisboa que elege mais deputados (48). Segue-se o Porto, com 40, Braga (19), Setúbal (18) e Aveiro (2). O distrito que elege menos parlamentares é Portalegre (2).
Emigrantes
A 16 de outubro são contados os votos dos círculos da Europa (2 deputados) e Fora da Europa (2). Após o apuramento destes dois círculos, fica fechado o resultado destas Legislativas.
Sobe & desce
António Costa
Uma vitória indiscutível. Não conquistou a maioria absoluta, mas obteve um resultado expressivo. Tem várias opções de viabilização do governo, mas não necessariamente com a vida mais fácil. A época das ‘devoluções’ de dinheiro e direitos pode ter passado.
Catarina Martins
André Silva
O PAN é um sinal dos tempos. Tem uma grande vitória depois de uma campanha que exp ôs algumas fragilidades. A apropriação do discurso ambiental e de defesa dos animais, terreno deixado livre pelos partidos tradicionais, deu um verdadeiro jackpot ao partido de André.
Assunção Cristas
O fim de um ciclo. O CDS nunca digeriu bem a legitimidade da geringonça e enveredou por um radicalismo político que os eleitores penalizaram. Assunção Cristas deixa uma crise da qual é difícil recuperar. Já convocou um congresso para a escolha de um novo líder.
Rui Rio
PSD resistiu à queda vertiginosa que as primeiras sondagens anunciavam e a boa campanha de Rio na reta final pode ter tirado a maioria absoluta a António Costa. Foi melhor do que se esperava, mas não chega para um PSD que aspira sempre a ganhar.
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