O Presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta quarta-feira que existe um "deslumbramento de António Costa a respeito da maioria absoluta que alcançou".
Em entrevista ao ‘Grande Jornal’ da
CMTV, Montenegro disse que o primeiro-ministro "não está a saber merecer a maioria absoluta". O líder do PSD acusou António Costa de insistir em "dizer que está tudo bem" quando o País está em dificuldades. Montenegro pôs ainda em causa a "moral política de António Costa".
O líder do Partido PSD revelou ainda que enviou 12 perguntas ao primeiro-ministro que ainda não foram respondidas.
Entre vários outros temas, o líder do PSD assegurou que está "única e exclusivamente" focado "em ser o principal partido de oposição do PS" e que seria um projeto falhado "do ponto de vista governativo" se não conseguir concretizar o objetivo.
Sobre o futuro, Luís Montenegro disse que ainda tem "quatro anos para conseguir chegar às eleições e vencer". "Eu só descanso quando conseguir ganhar as eleições", referiu.
Em declarações, Luís Montenegro disse que "PS é cúmplice do Chega" e que ambos têm como objetivo derrubar o PSD. "Não me importo de ser partido de oposição do Chega e o do PS, quero ganhar eleitores aos dois", referiu.
Sobre Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro disse ter "afinidade política e de pensamento" com o antigo líder do PSD. "É raro estarmos em desacordo mas acontece", admitiu referindo-se ao tema da eutanásia. Segundo Montenegro, "uma lei como a eutanásia e a interrupção voluntária da gravidez não se deve mudar de ano a ano".
Ainda em entrevista ao ‘Grande Jornal’
, Montenegro disse acreditar que Pedro Passos Coelho tem "possibilidade de ir à presidência" se assim quiser. O líder do PSD acrescentou ainda que "Pedro Passos Coelho tem condições para fazer tudo na política" e que está a ser "desaproveitado pelo país".
Sobre o assunto das cheias em Lisboa, o líder do partido do PSD defendeu que Carlos Moedas "tinha a obrigação política" de visitar o cenário que assolou a capital do país, tendo também justificado a sua ausência. "Falo muitas vezes com Moedas, não vale a pena inventar outro cenário", assegurou.
Relativamente ao próximo ano, o líder do PSD referiu que vai "trazer muitas dificuldades", sublinhando que António Costa aprovou um "orçamento há um mês sem nenhum apoio" para 2023. "Vai arrecadar 7 milhões em impostos", atirou Montenegro.
Esta foi uma das entrevistas, promovidas pelo
Correio da Manhã e pela
CMTV, aos líderes políticos em que será feito o balanço deste ano e uma antevisão de 2023.