"Não é nada de preocupante ou de grave", disse o chefe do Estado sobre o estado de saúde do primeiro-ministro.
O Presidente da República comemora esta sexta-feira o Dia de Portugal, em Londres, com a comunidade portuguesa do Reino Unido, mas desta vez sem a habitual companhia do primeiro-ministro, que cancelou a sua presença por motivos de saúde.
Fonte oficial do executivo adiantou à agência Lusa que, nas comemorações relativas a Londres o Governo estará representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Na quinta-feira, a meio da tarde, o gabinete do primeiro-ministro difundiu uma nota em que se referia que António Costa não poderia participar nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, primeiro em Braga, depois em Londres, por razões de saúde.
Na véspera, quarta-feira, o líder do executivo já tinha cancelado a sua agenda em Santarém, mas, na altura, não foi avançada qualquer explicação oficial por parte do seu gabinete.
Em Braga, em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu que o problema de saúde do primeiro-ministro "não é nada de preocupante ou de grave", mas adiantou que a sua presença nas comemorações seria uma "insensatez" do ponto de vista médico.
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 2016 decorreram entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde. Em 2020 e no ano passado, por causa da pandemia da covid-19, Marcelo e Costa suspenderam a sua participação no 10 de Junho fora do país.
Este ano será a primeira vez que os dois não estarão juntos por impedimento pessoal de um deles.
Vindo de Braga, onde decorrem as comemorações institucionais do 10 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa chega a Londres a meio da tarde e tem logo a seguir uma receção com representantes das comunidades portuguesas para assinalar o Dia de Portugal - ocasião em que discursa.
No que respeita às razões da escolha do Reino Unido para as celebrações externas do 10 de Junho, o chefe de Estado referiu recentemente que o modelo de comemorações do Dia de Portugal junto de comunidades emigrantes "começou em Paris, em 2016", no primeiro ano do seu mandato, "tem rodado pelos continentes" desde então e "era agora altura de voltar à Europa".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "também pesou" na decisão o Reino Unido ser agora "um país que não é União Europeia" e onde vivem "comunidades muito diferentes" de emigrantes portugueses: "Uma comunidade mais velha, mais antiga, esta sexta-feira menos numerosa"; e outra "muito nova", composta por "estudantes, doutorandos, professores, investigadores, cientistas e outros profissionais".
Esta heterogeneidade da comunidade portuguesa residente no Reino Unido foi também salientada à agência Lusa pelo deputado socialista Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa.
De acordo com Paulo Pisco, em consequência do "Brexit", pediriam autorizações de residência no Reino Unido cerca de 420 mil pessoas, dos quais uma parte desempenha trabalhos "tradicionais" nos ramos da hotelaria, restauração ou agroindústria, e outra parte é composta por um número significativo de investigadores e jovens quadros.
"Houve um crescimento rápido da comunidade portuguesa sobretudo no período de assistência financeira internacional, com a troika, mas após o Brexit assistiu-se a uma estagnação", apontou.
Paulo Pisco reconheceu a manutenção de alguns problemas no atendimento consular em Londres, mas não em Manchester. Destacou, no entanto, "o grande investimento que foi feito pelos governos de António Costa no aumento do número de funcionários, na ampliação das instalações consulares ou na modernização do equipamento informático".
"Mas é preciso assinalar que metade dos cidadãos atendidos tem origem na Índia, Paquistão ou Brasil, o que dificulta o planeamento por parte dos nossos serviços consulares", acrescentou.
No sábado, o Presidente da República começa a manhã no Escola Anglo-Portuguesa de Londres, seguindo depois para o Royal Brompton & Harefield Hospital e almoça com representantes da comunidade portuguesa ligados às artes.
Na parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visita o Imperial College -- último ponto do programa oficial até agora definido. No domingo, pelas 12:00, o Presidente da República parte para Andorra.
As celebrações do Dia de Portugal no ano passado decorreram na Região Autónoma da Madeira, com um programa intenso, durante três dias, que terminou com a cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho na cidade do Funchal.
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