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Marcelo recebe menos do Estado que ex-diretores do BPN

Auditoria da Inspeção-Geral das Finanças à Parvalorem concluiu que o Estado paga a duas pessoas cerca de 12.600 euros.

17 de julho de 2018 às 13:07

Uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) à Parvalorem,

o veículo público que gere cerca de três mil milhões de euros de ativos tóxicos do antigo Banco Português de Negócios (BPN), concluiu que o

a duas pessoas cerca de 12.600 euros, um salário superior aos 8.375 euros que ganha o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O relatório final da auditoria, entregue na semana passada à Assembleia da República e avançado esta terça-feira pelo Público, revela que

Armando Pinto, director de assuntos jurídicos do BPN entre 1989 e 2002 e da equipa de gestão de Oliveira Costa entre 2003 e 2008, e Carlos Venda, do grupo de Oliveira Costa,

recebem mensalmente mais 5.900 euros que o chefe de Estado português.

Porém, esta não é a única falha apresentada no relatório. Outros 13 quadros têm remunerações entre os cinco mil e os dez mil euros, valores acima do que recebe o primeiro-ministro, António Costa (4.900 euros).

A investigação alerta ainda para falhas na "análise da carteira de crédito e dos perdões de dívida" e salienta o facto de a Parvalorem ter aceite receber imóveis de clientes para anular dívidas de montantes superiores, libertando garantias de forma arbitrária.

Em resposta ao jornal, a empresa disse só ter tido conhecimento do conteúdo do relatório a 11 de Julho. A Parvalorem "sempre prestou todas as informações e colaboração necessárias" e exerceu "o contraditório", sustentando "a regularidade" do seu desempenho, garantiu.

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