Líder da Iniciativa Liberal rejeitou que esta prudência se prenda com a proximidade das eleições autárquicas.
A líder da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, reiterou este domingo que é "prematuro tirar grandes conclusões" sobre o acidente do elevador da Glória, em Lisboa, rejeitando que esta prudência se prenda com a proximidade das eleições autárquicas.
"Acho que é prudente aguardarmos pelas conclusões das investigações, das perícias, para sabermos exatamente o que é que se passou, sabendo as causas para poder prevenir tragédias futuras. As investigações têm de chegar a conclusões. Neste primeiro relatório preliminar já vi alguns dos detalhes, mas não são ainda suficientes para se tirar conclusões objetivas e o próprio relatório diz exatamente isso", disse Mariana Leitão.
Na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, onde este domingo está a participar numa caminhada de cinco quilómetros organizada pelos núcleos da IL do Vale do Ave, Mariana Leitão rejeitou "fazer aproveitamento político" sobre o acidente do elevador da Glória que descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e mais de 20 feridos.
"Devemos ter bom senso nestas questões, aguardar pelas conclusões das investigações e depois, sim, tirar conclusões, tomarmos posicionamentos e obviamente exigirmos responsabilidades de quem tiver de prestar essas responsabilidades", insistiu.
Questionada sobre se não teme que este pedido de "prudência" seja associado às eleições autárquicas, uma vez que a IL concorrerá à Câmara de Lisboa coligada com o PSD e o CDS-PP, Mariana Leitão foi direta: "De todo. Isto tem exatamente a ver com o facto de nós não sabermos o que causou o acidente, nós não sabermos que decisões políticas é que podem ter contribuído ou não para este acidente".
Ainda questionada sobre as declarações do ex-líder do PS Pedro Nuno Santos que no sábado pediu a demissão do atual presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, a líder da IL repetiu a ideia de o tempo atual é de "pesar, solidariedade e prudência".
"Os factos atuais não são suficientes, nós não sabemos exatamente o que é que causou o acidente, também não sabemos que questões podem ter originado este acidente, mesmo em questão de decisões políticas ou outras, técnicas, manutenções, o que quer que seja, e portanto devemos aguardar", disse.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) revelou, no sábado, em relatório, que o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória "cedeu no seu ponto de fixação" da carruagem que descarrilou.
Mariana Leitão disse este domingo aos jornalistas que já leu o relatório, mas "não na totalidade", tendo, no entanto, percebido que se trata de um "relatório preliminar que não permite tirar grandes conclusões".
"E o próprio relatório diz mesmo isso", referiu, repetindo que a investigação "deve levar tempo que é necessário" e "todos devem respeitar isso".
"Nós gostamos de trabalhar em cima de factos, em cima de dados concretos, em cima de informações concretas. Neste momento não as temos e, portanto, qualquer ilação, qualquer ideia que se tire ou qualquer posicionamento que se tire que não seja em cima de factos é prematuro, é contraproducente e não é essa a forma de estar da Iniciativa Liberal", concluiu.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de 276 metros e é muito procurado por turistas.
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