"Não acho que a fraqueza eleitoral do PS tenha apenas a ver com as circunstâncias em que acontecem a demissão do primeiro-ministro. Tem a ver com a degradação social, sem horizontes para transformação", aponta Mortágua.
Sobre as eleições internas no PS, Mariana Mortágua continua a encarar a situação com poucas perspetivas. "Tanto Pedro Nuno Santos como José Luís Carneiro foram ministros de um Governo de maioria absoluta que deixou cicatrizes profundas no País (...) Vimos nos últimos dois anos o PS fazer aquilo que lhe bem entendia com a sua maioria absoluta", reiterou.
Para a coordenadora do BE, cabe à esquerda trazer a mudança e as medidas que o País precisa, sobretudo no que diz respeito às questões sociais. A crise na Habitação, do Serviço Nacional de Saúde e os salários precários são os tópicos que Mortágua promete trazer com força na campanha eleitoral. "A esquerda tem de ter força para salvar o SNS e os salários do país", reforça.
Ao ser confrontada com o crescimento das forças de extrema-direita em Portugal, a bloquista assegurou que nunca viabilizaria um partido de direita. "O programa de direita está nas antípodas daquilo em que o BE acredita", explicou, recusando-se a comentar a possibilidade do Chega ficar à frente nas eleições.
"O que é importante nestas legislativas é que o Bloco tenha o melhor resultado possível e que impeça um partido de direita de prevalecer", afirmou.