Dirigente do BE acusou o executivo português de ainda não ter cumprido o seu papel de aplicar sanções a Israel.
A dirigente do BE Marisa Matias considerou, esta terça-feira, que a flotilha que pretende chegar a Gaza está a "fazer o trabalho que os governos não querem fazer" e acusou o executivo português de ainda não ter cumprido o seu papel de aplicar sanções a Israel.
"O papel do Governo é, desde logo, aplicar sanções a Israel. (...) E também garantir, juntamente com a União Europeia, com as outras instituições e entidades a nível internacional, que chega a ajuda humanitária a Gaza. Se estas duas condições estivessem garantidas, nem seria necessária a flotilha. Ela é necessária porque está a fazer o trabalho que os governos não querem fazer e não estão a fazer nas instituições europeias", declarou, esta terça-feira, a bloquista numa conferência de imprensa na sede do Porto do partido.
Marisa Matias disse ser também necessário "ter em conta que a diplomacia portuguesa é reconhecida mundialmente pela sua competência" pelo que considera que "saberá desenvolver as diligências necessárias neste contexto".
"Mas espera-se, obviamente, também dessa diplomacia do Governo português que dê uma proteção a esta tripulação, porque esta tripulação está a agir no quadro do Direito Internacional e estamos a falar de um barco com bandeira portuguesa", acrescentou.
Questionada se considera que o primeiro-ministro devesse ter condenado o ataque apesar de ainda estar a aguardar informações sobre o mesmo, a bloquista considerou que se deve apurar as circunstâncias, mas que tal não iliba o Governo manifestar "solidariedade com os objetivos da missão".
O primeiro-ministro afirmou, esta terça-feira, em Pequim, que o Governo está a recolher informações sobre o que se passou com a flotilha humanitária.
Para as pessoas que sentem "a sensação de impotência, de tristeza e frustração, Marisa Matias disse que uma das coisas que todos podem fazer é "pressão" aos governos e instituições.
"E, desse ponto de vista, o Bloco lançou uma carta aberta hoje, precisamente para fazer cumprir esses objetivos, uma carta dirigida não apenas ao Governo, mas também às instituições europeias, a pedir que sejam aplicadas sanções a Israel e a pedir que se faça entrar e que chegue de uma vez por todas à ajuda humanitária onde ela é precisa, em Gaza", revelou.
A Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) difundiu, esta terça-feira, um vídeo em que mostra o ataque de um drone ao navio da organização ativista, com bandeira portuguesa, onde viajam para Gaza membros da sua direção.
O vídeo, gravado às 00:29 desta terça-feira, mostra a chama de um disparo que desce do alto e a imagem e som de um impacto num dos "principais navios" da organização ativista, o 'Family Boat' (Barco da Família), que pegou fogo na sequência do ataque.
Num segundo vídeo, com uma tomada de imagem de outro ângulo, percebe-se que o ataque quase atingiu dois ativistas que se dirigiam para o local da embarcação alvejada, quando se encontrava atracada à margem no porto de Sidi Bou Said, em Tunes, capital da Tunísia.
Segundo a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, o barco foi atingido de noite, após a troca de turnos de vigia que os ocupantes dos barcos fazem porque "noutras missões anteriores já houve casos de ataques com drones ou de sabotagem dos barcos".
O barco atingido foi o 'Family Boat' (Barco da Família), com bandeira portuguesa e que transporta elementos portugueses participantes na ação humanitária de apoio aos palestinianos na Faixa de Gaza, assim como membros do Comité Diretivo da organização.
A Guarda Costeira tunisina garantiu esta madrugada através de um comunicado que "não existe qualquer ato hostil nem ataque externo".
A Flotilha Global Sumud - que significa resiliência, em árabe -, que pretende ser "a maior missão humanitária da história" com o território palestiniano de Gaza, zarpou no domingo de Barcelona.
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