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Marques Mendes considera que ambiente está "mais desanuviado" em torno da reforma laboral

Segundo o candidato, estar marcada uma greve geral para 11 de dezembro "não tem nenhum drama de maior".

27 de novembro de 2025 às 17:04

O candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes considerou, esta quinta-feira, que o ambiente está atualmente "mais desanuviado" em relação às alterações que o Governo quer promover na lei laboral e apelou a um acordo com a UGT.

"Parece-me que o ambiente neste momento é bastante mais desanuviado do que era há umas semanas. Isso é bom e é positivo", afirmou, considerando que estar marcada uma greve geral para 11 de dezembro "não tem nenhum drama de maior" e "o diálogo social e a negociação podem continuar ou regressar depois da greve", pois "é bom para o país e é bom para todos".

O candidato a Presidente da República nas eleições de janeiro do próximo ano foi o orador convidado de um almoço-debate promovido, esta quarta-feira, pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que decorreu num hotel em Lisboa.

Na sua intervenção, Luís Marques Mendes aconselhou os intervenientes nas negociações que podem atuar com um "objetivo transformador e reformador, sim, mas feito na base do diálogo, da negociação e do equilíbrio", defendendo que "é a melhor solução para todos".

O antigo ministro e líder do PSD defendeu também que esta reforma deve "ser feita na base de um acordo social", entre empregadores e trabalhadores, e apelou a um entendimento com a UGT.

"Acho isso de uma importância capital para o país. Primeiro, uma legislação feita com acordo social dura mais tempo, uma legislação aprovada sem acordo social é mais precária, a mudança de governo normalmente leva à sua revogação. E eu acho que nós precisamos de estabilidade, longevidade e previsibilidade neste domínio", indicou.

Marques Mendes considerou também que no atual quadro político e parlamentar alterações deste género implicam negociações, avisando que "numa matéria desta natureza é tudo mais complicado" e "com um acordo social é tudo menos complexo".

O candidato sustentou igualmente que com um acordo social "é mais fácil impedir problemas como já aconteceram noutras mexidas laborais no passado, que é de intervenções que às vezes possam ser bem nocivas, da parte do Tribunal Constitucional".

Para o social-democrata, esta é uma "reforma legítima".

"É daquelas reformas que eu acho legítimo fazer num tempo como aquele que vivemos. É completamente legítimo e é normal, dentro da lógica de que estas reformas devem ser feitas justamente com calma, com tranquilidade, nestes momentos em que não estamos stressados, como estávamos, por exemplo, no tempo da pandemia ou no tempo da 'troika'", afirmou.

Luís Marques Mendes defendeu que se justifica uma reforma da legislação laboral "com equilíbrio", "basta pensar em todas as alterações no domínio digital, a inteligência artificial, teletrabalho, e todas as outras que estão a acontecer e vão acontecer".

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