Para o candidato à presidência da República, esta é uma questão "muito mais política que jurídica", que se resolve "com o voto dos eleitores".
O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou esta terça-feira que recorrer aos tribunais por causa dos cartazes é fazer um favor ao Chega, que deve ser combatido politicamente e não na justiça.
"Se o Ministério Público decidiu, é porque considera importante", afirmou Luis Marques Mendes na sequência do anúncio da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a abertura de um inquérito aos cartazes do Chega sobre o Bangladesh e a comunidade cigana.
Mas para o candidato à presidência da República, esta é uma questão "muito mais política que jurídica", que se resolve "com o voto dos eleitores" e não "com processos nos tribunais".
Admitindo considerar os cartazes "lamentáveis, provocadores, desumanos, racistas, até xenófobos", Luis Marques Mendes defendeu que "o combate a este tipo de ações deve ser feito pela via da política" e que "não se deve cortar a liberdade de expressão".
"A democracia é o regime em que há tolerância, mesmo em relação aos comportamentos que normalmente são censuráveis", afirmou, quando questionado sobre se o partido Chega deveria ser obrigado a retirar os cartazes.
"Penso que o Chega se combate politicamente e que quem recorrer aos tribunais só está a fazer um favor ao Chega porque ele ainda se arma em vítima" disse, acrescentando que "enquanto as pessoas não perceberem isto, vai ser tudo mais difícil".
Luis Marques Mendes deixou Claro que, apesar de ter "comportamentos inqualificáveis" o Chega não deve ser proibido, até porque "há uma diferença entre a sua liderança e os seus eleitores", estes últimos "portugueses desencantados" cujos problemas devem ser resolvidos.
Já a investigação aos cartazes é, para Marques Mendes, "fazer um favor ao Chega", em relação ao qual André Ventura "esfrega as mãos de contente" face à "enorme publicidade e visibilidade".
Durante uma visita realizada esta terça-feira ao Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral, em Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa, Luis Marques Mendes voltou a apelar ao diálogo em torno da concertação social e criticou o Governo por dar "pouca atenção à UGT".
O candidato, que na segunda feira reuniu com a UGT, adiantou que "as entidades patronais reconhecem que é melhor fazer uma alteração à lei com acordo do que sem acordo", já que "com acordo corre o risco de ser uma lei precária e sem acordo, a lei pode ser mudada em qualquer circunstância".
O Governo "devia dar mais atenção à UGT, negociar mais com a UGT e ser mais sensível às questões vindas da UGT" que " é uma central sindical qualquer", disse, lembrando que esta central sindical "á fez vários acordos sociais no passado", enquanto " A CGTP não fez nenhum".
Atribuindo à UGT "grande sentido de responsabilidade", Marques Mendes defende que esta "merece ser tratada com outra atenção, com outro respeito, com outra abertura e com outro equilíbrio da parte do Governo", atitude que aconselhou o executivo de Luis Montenegro a "corrigir com rapidez".
Nas declarações aos jornalistas Marques Mendes aludiu ainda aos 50 anos da independência de Angola, "um marco importante" para o território que "vive com dificuldades, no plano económico, no plano social, mas é um grande país, é um grande povo", com o qual Portugal deve "intensificar a relação, seja no plano económico, social, cultural".
Em matéria de imigração defendeu que "se dê uma atenção muito maior a imigrantes vindo dos países africanos de língua portuguesa, como Angola, porque falam o português e a integração é muito mais fácil", concluiu o candidato.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.