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Marques Mendes saúda André Ventura mas diz que são "radicalmente diferentes"

"André Ventura concorre para representar uma parte dos portugueses. Eu candidato-me para representar todos os portugueses", defendeu.

17 de setembro de 2025 às 19:26

O candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes saudou esta quarta-feira o anúncio da candidatura presidencial de André Ventura, mas sublinhou que se trata de candidaturas "radicalmente diferentes".

"Saúdo a candidatura de André Ventura, como saúdo, democraticamente, todas as candidaturas, mas os objetivos das duas candidaturas são radicalmente diferentes. André Ventura concorre para representar uma parte dos portugueses. Eu candidato-me para representar todos os portugueses", declarou Marques Mendes durante uma visita à Base das Lajes, na ilha da Terceira, nos Açores.

Marques Mendes, que está de visita aos Açores, lembrou também que, do ponto de vista da atitude, a candidatura que encabeça, à presidência da República, que tem o apoio do PSD, é "completamente diferente" da de André Ventura.

"A minha candidatura é a candidatura do anti-radicalismo, é a candidatura da moderação, é a candidatura do centro, é a candidatura da experiência e da unificação de todos os portugueses", insistiu o candidato, adiantando que está nesta corrida a Belém com o objetivo de "unir" e não de "dividir".

Durante a visita à base aérea utilizada pelos norte-americanos nas Lajes, na ilha Terceira, Marques Mendes foi também confrontado pelos jornalistas, sobre a necessidade ou não de uma revisão do acordo bilateral, entre Portugal e os Estados Unidos da América, relativamente às contrapartidas pela utilização daquela estrutura militar.

"Há poucos anos, vivia-se um certo pesadelo na Região Autónoma dos Açores, e também no país, com a hipótese de os americanos poderem encerrar o seu destacamento militar na Base das Lajes", recordou o candidato do PSD, lembrando que "esse pesadelo, felizmente, passou" e que as notícias "são, agora, muito positivas".

No seu entender, os conflitos militares no Médio Oriente, entre Israel e a Palestina, e a guerra na Europa de Leste, entre a Rússia e Ucrânia, vieram dar uma nova "importância geoestratégica" à Base das Lajes, que antes não tinha.

"A presença americana nas Lajes está sólida, é necessária, tem uma importância que não tinha e, por isso, os açorianos, e os portugueses, devem ficar felizes", sublinhou Marques Mendes, que entende não existir "prioridade", nesta altura, para uma revisão do acordo da Base das Lajes, que considera que, a ocorrer, seria como "dar tiros nos pés".

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