Considerando que "o acordo está feito" e agora é preciso "resolver o futuro", segundo o candidato presidencial.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes aconselhou, esta segunda-feira, o Governo a sentar-se à mesa com os parceiros sociais para encontrar maneira de apoiar as empresas portuguesas depois do "acordo possível" entre os Estados Unidos e União Europeia.
"O acordo é bom? Não, não é bom. Havia alternativa melhor? Não havia. Então, este é o acordo possível? É o acordo possível, não sendo bom e trazendo problemas", disse aos jornalistas Marques Mendes à margem de uma ação de campanha em Lisboa.
Considerando que "o acordo está feito" e agora é preciso "resolver o futuro", o candidato presidencial apoiado pelo PSD deixou uma recomendação ao Governo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro.
"Eu acho que é chegado o momento de o Governo se sentar à mesa, com os parceiros sociais, em especial as empresas, e em conjunto encontrarem formas de apoiar as empresas portuguesas para que elas diversifiquem os destinos das suas exportações", sugeriu.
O objetivo, segundo Marques Mendes, é que as empresas portuguesas "encontrem outros países, em alternativa, para poderem vender os seus produtos".
"Porque vai ser mais difícil vender para os Estados Unidos, então é preciso encontrar, na Europa e fora da Europa, outros países para exportar e isto tem que ser feito num esforço conjugado, entre as empresas, os vários parceiros sociais, e também com o apoio e incentivo do Governo", apelou.
Questionado sobre se o Governo deveria ter atuado mais cedo sobre esta questão das tarifas, o candidato presidencial começou por responder que, "se for feito agora, vem muito a tempo".
"Não me parece que o importante seja saber se já devia ter sido feito ou não devia ter sido feito. O importante é que seja feito. Eu acho que nós temos que ter soluções proativas e temos que ter propostas construtivas. E por isso é que faço aqui esta recomendação, o Governo se quiser segue, se não quiser não segue", apontou.
Na perspetiva de Marques Mendes, "é para momentos excecionais que tem que haver respostas excecionais".
"E eu acho que esta seria uma resposta excecional e seria bem-vinda se, nos próximos dias ou semanas, Governo, parceiros sociais, se juntassem, dialogassem, conversassem para encontrar outros países para onde vender os produtos", reiterou.
Para o social-democrata, "ninguém vê neste acordo um bom acordo, em particular para a Europa, evidentemente".
"Agora, provavelmente é um acordo possível, porque a alternativa era pior. Qual é a alternativa? A alternativa era termos uma guerra comercial e isso ainda era pior, ainda teria consequências mais negativas, designadamente para os europeus. Portanto, as coisas são como são", afirmou.
O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, alcançado no domingo, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.
O acordo prevê também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros) -- visando nomeadamente substituir o gás russo -, o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.
Os EUA e os países da UE trocam diariamente cerca de 4,4 mil milhões de euros em bens e serviços.
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