O Portugal pro Vida, honra lhe seja, tem no apelo à procriação a mais sensata mensagem desta campanha eleitoral. Mas era escusado a direcção do partido lamentar-se do 'sacrifício pessoal' que é gerar novas vidas. Não interessa se é ou não é. Se o partido acha que é, deve explicar aos militantes e simpatizantes que tão duro martírio deve ser encarado como uma missão e levado em silêncio, até ao fim, a bem do futuro de Portugal, em particular, e do Mundo, em geral. A doutrina católica, onde o Portugal pro Vida se inspira para o programa político com que se apresenta a eleições, ensina a sofrer calado: sacrifício com lamúrias não conta como sacrifício. Querem procriar? Pois que o façam! O exemplo, de resto, deve ser seguido por todos os que possam. Façam-no, muitas vezes. Mas não se queixem.
O CAPITALISMO VOLTA DENTRO DE MOMENTOS
Garcia Pereira só se lembra que tem uma revolução para dirigir em período de campanha eleitoral: despe o fato de fino corte com que exerce rendosa advocacia – e grita qualquer coisa contra o capital. Já um candidato do POUS promete – se for eleito deputado – fazer tudo ao alcance para criar, imaginem, o Instituto da Sustentabilidade.