"A TAP que é seis vezes menor que a Air France-KLM teria de valer o dobro da empresa", afirmou.
O ministro das Finanças defendeu esta quinta-feira que recuperar os 3,2 mil milhões de euros injetados pelo Estado na TAP será uma tarefa difícil, sublinhando que qualquer avaliação deve ter por base a realidade do mercado e não estimativas desfasadas.
"Devemos ser rigorosos e olhar para os factos e realidade. Se 49,9% da TAP valessem 3,2 mil milhões de euros, significaria que a TAP valeria 6,4 mil milhões de euros. A Air France-KLM, que tem seis vezes mais aviões e transporta seis vezes mais passageiros e está cotada em bolsa, vale 3 mil milhões de euros em bolsa", disse Miranda Sarmento no briefing após o Conselho de Ministros em resposta a perguntas sobre os comentários do líder do PS.
"A TAP que é seis vezes menor que a Air France-KLM teria de valer o dobro da empresa. Parece-me que a realidade e os factos não casam com essa declaração", acrescentou.
Em causa estão os apoios públicos de 3,2 mil milhões de euros injetados na companhia aérea no âmbito do plano de reestruturação por causa da pandemia.
O líder do PS considerou hoje adequada a decisão do Governo sobre a reprivatização da TAP, mas exigiu o reembolso aos contribuintes dos três mil milhões de euros investidos na companhia durante a pandemia.
"A TAP tem de crescer e, para crescer, precisa de se abrir aos investidores internacionais. Essa é a razão porque entendemos que a opção é uma opção adequada. Entendemos também que Portugal deve manter a maioria da estrutura acionista, a maioria dos seus capitais, para assegurar quatro objetivos primordiais", disse José Luís Carneiro, numa declaração na sede do PS, em Lisboa.
O governante falava no briefing após o Conselho de Ministros que aprovou o decreto-lei que permite o Governo vai avançar com a alienação de até 49,9% do capital da companhia aérea através de um modelo de venda direta. Até 5% poderão ser reservados aos trabalhadores, conforme previsto na lei das privatizações.
Segundo o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a opção por uma venda minoritária numa primeira fase segue o modelo de privatizações anteriores, como as da EDP e da Galp. "É o modelo que maximiza o valor do ativo para o Estado e permite potenciar o encaixe numa segunda fase", afirmou.
Miranda Sarmento reforçou que a entrada de um parceiro estratégico poderá valorizar os 50,1% que permanecerão na esfera pública: "Participar num grande grupo de aviação e concretizar um plano de expansão e investimento pode permitir uma valorização da empresa no futuro".
O calendário para uma eventual segunda fase ainda não está definido, mas o Governo confirmou que os investidores da primeira fase terão preferência na continuação do processo.
A operação inclui, para além da TAP, ativos como a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a empresa de catering Cateringpor (51% detida pela TAP), e a Sociedade Portuguesa de Handling (SPdH), antiga Groundforce.
Por decidir está a inclusão ou exclusão dos ativos imobiliários adjacentes ao aeroporto Humberto Delgado --- o chamado reduto Tap --- que poderá vir a integrar o futuro projeto "Parque Cidades do Tejo".
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