"Não estamos marcados por dogmas e ideologias que comprimem a nossa ação", afirmou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro defendeu esta terça-feira que o PSD e o CDS-PP são esta terça-feira "a força central" da democracia, mais centrada na ação que na ideologia, e recusou críticas de que o Governo seja "monotemático" e só legisle sobre imigração.
Luís Montenegro falava no encerramento das jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP, que decorrem desde segunda-feira em Évora.
"Nós somos mais do que nunca a força política central da nossa democracia, isso observa-se à vista desarmada, basta olhar para o parlamento", afirmou, considerando que os restantes partidos à esquerda e à direita têm "ideologias e posicionamentos" mais marcados.
Nesse sentido, o presidente do PSD e primeiro-ministro considerou que são estes dois grupos parlamentares que têm melhores condições para "construir pontes" com os dois lados do hemiciclo.
"Não estamos marcados por dogmas e ideologias que comprimem a nossa ação. Nós estamos muito mais marcados pela vontade e pela concretização da resolução dos problemas reais das pessoas", afirmou, defendendo que PSD e CDS-PP constituem "uma força política de diálogo".
No entanto, avisou, que estes partidos que dão suporte ao Governo não veem o diálogo como o fim da sua ação política, mas apenas "como um instrumento para aproximar posições, não um meio para empatar decisões".
Na sua intervenção de mais de meia hora, Montenegro procurou também contrariar as críticas de que as políticas da imigração constituem o "alfa e ómega" da ação do Governo, mas salientou que o programa do executivo foi votado pela maioria dos portugueses a 18 de maio.
"Há alguns agentes políticos cuja representação parlamentar os portugueses quiseram que fosse de um deputado, de três deputados, na melhor das contas de seis deputados, que falam com uma arrogância em nome dos portugueses para quem representa a maioria dos portugueses", disse, num aparente recado a BE, PCP e Livre.
E acrescentou: "É que se na democracia as maiorias devem respeitar as minorias, também é uma regra de ouro das democracias que as minorias respeitem as maiorias", apelou.
Montenegro, que chegou às jornadas acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, o deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco, procurou resumir algumas das matérias já iniciadas ou decididas pelo Governo, salientando este executivo que está em funções plenas há menos de um mês.
"Nós não estamos a fazer nada à pressa, mas também não estamos a perder tempo", assegurou.
A descida do IRS, a proibição dos telemóveis para os alunos mais novos, a revisão da disciplina de cidadania, a simplificação de regras orçamentais, o estatuto da pessoa idosa, alterações na distribuição dos processos judiciais, uma nova lei da cibersegurança foram algumas das matérias destacadas pelo primeiro-ministro da agenda legislativa do Governo.
Sobre as questões da imigração, Montenegro salientou que as alterações agora propostas vêm no seguimento do plano de ação lançado há um ano pelo seu primeiro executivo "para pôr cobro a uma situação que era insustentável".
Numa passagem do seu discurso, o sistema de som falhou, mas o primeiro-ministro fez questão de repetir a ideia, que era audível, mas não passível de registo pelos jornalistas na sala.
"E, ao contrário daquilo que às vezes também parece, eu sou muito cooperante e colaborante com a comunicação social", disse, provocando risos na plateia.
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