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Mulheres Socialistas pedem demissão da ministra da Saúde acusando-a de abandonar grávidas

Em causa está o caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado que levou a ministra da Saúde a solicitar à IGAS a abertura de um processo de inquérito.

12 de agosto de 2025 às 17:56

As Mulheres Socialistas pediram esta terça-feira a demissão da ministra da Saúde, acusando-a de abandonar "as mulheres que vão parir", numa referência ao caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado, no concelho de Alenquer.

Num comunicado enviado às redações, a estrutura do PS defende que "se houvesse responsabilidade política, a ministra já se teria demitido ou sido demitida" e que isso não acontece "porque está presa a um lugar onde não serve o interesse das pessoas e deixa em abandono as mulheres que vão parir".

"O país tem vindo a assistir ao aumento de nascimentos em ambulâncias e noutros meios de transporte, situação que se agravou substancialmente ao longo do último ano, vindo agora a culminar com o nascimento de um bebé em plena via pública", acrescentam.

As Mulheres Socialistas referem-se ao caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado, concelho de Alenquer, que levou a ministra da Saúde a solicitar à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde a abertura de um processo de inquérito.

No comunicado, as socialistas frisam que, apesar do "desfecho feliz", o "caso ilustra um Estado inoperante, um Governo ausente em férias e um silêncio ensurdecedor por parte de quem governa".

"O país está parado e a Ministra não se preocupa, nem apresenta nenhuma solução para os graves e recorrentes problemas que têm surgido com mulheres grávidas. O silêncio é cúmplice", lê-se.

Em declarações à Lusa, a coordenadora do grupo parlamentar do PS na Comissão de Saúde, Susana Correia, não abordou a demissão da ministra, mas sublinhou a "extrema preocupação" da bancada socialista em relação ao que é conhecido sobre o caso que ocorreu no Carregado, lamentando que a ministra Ana Paula Martins opte por "adiar as respostas".

A deputada defendeu que, além da ministra da Saúde, também o primeiro-ministro se deveria pronunciar e as "críticas que têm sido feitas" a Ana Paula Martins "começam a ser uma perda de tempo" porque não têm resultado numa responsabilização da governante.

"A senhora ministra não está a conseguir acompanhar as exigências do serviço público de saúde. Não nos pode iludir de tragédia em tragédia a dizer que está cá para resolver os problemas quando eles se estão a agudizar. Podemos chegar a um ponto de não retorno", alertou.

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