Paulo Raimundo antecipa que novo executivo vai continuar as políticas do anterior.
O secretário-geral do PCP previu esta quarta-feira que o Ministério da Reforma do Estado, criado pelo primeiro-ministro, vai servir para cortar e dar uma "golpada nos serviços públicos" e antecipou que o novo executivo vai continuar as políticas do anterior.
"Para que é que o Governo vai formar um Ministério da Reforma do Estado se não é para cortes? Há alguma coisa positiva, que venha deste Governo, no que diz respeito aos serviços públicos? Nada, é cortes", afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas à margem de uma manifestação a favor da Palestina no centro de Lisboa.
O secretário-geral do PCP disse que a criação de um Ministério da Reforma do Estado é "um sinal" da visão do Governo para os serviços públicos, ironizando que "já não bastava o desmantelamento do SNS, a pressão enorme nas escolas, o que se quer fazer à Segurança Social".
"Pelos vistos, o Governo quer dar um passo ainda maior, que é dar uma golpada nos serviços públicos. Não surpreende, nós já estávamos à espera que isso acontecesse, não tínhamos era a certeza que isso se viesse a traduzir num novo ministério da golpada aos serviços públicos", frisou.
Paulo Raimundo referiu ainda que, na campanha eleitoral, tinha avisado que a "opção cega do Governo em mais dinheiro para a guerra", numa alusão ao investimento em Defesa, acabaria por traduzir-se em mais cortes nos serviços públicos.
"Vamos ver se não é isso que está em curso", disse.
Sobre a composição do executivo, Paulo Raimundo disse que não é indiferente se quem ocupa os ministérios são as "pessoas A, B ou C", mas o que marca "é a opção política" do Governo, que, antecipou, não se vai alterar.
"Este novo Governo vai alterar a sua posição hipócrita e cínica, e de cúmplice, face ao genocídio que está a acontecer na Palestina? Nós estamos convencidos que não. Vai pôr fim ao desmantelamento do SNS? Nós estamos convencidos que não. Vai alterar a política de baixos salários, de pressão sobre a maioria e mais benefícios para os grupos económicos? Estamos convencidos que não", elencou.
Por isso, prosseguiu, "não é indiferente a composição das pessoas A, B ou C, mas a grande questão não é essa".
"A grande questão é a política e é isso que é preciso combater de forma decisiva e, neste caso em concreto, é preciso pressionar o Governo e o Estado português para, de uma vez por todas, reconhecer o Estado da Palestina", defendeu.
Sobre o facto de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter sido hoje confrontado por uma mulher na Feira do Livro que criticou a inação de Portugal sobre a Palestina, Paulo Raimundo considerou que a ativista "aproveitou bem o espaço que lhe foi proporcionado para pôr no centro do debate política uma questão fundamental".
Questionado se acha que o Presidente da República perdeu uma oportunidade para mostrar uma posição diferente sobre esta matéria, o secretário-geral do PCP respondeu: "Se não o fez de forma mais convicta e clara, foi porque entendeu que não o devia fazer".
"Acho que aquela ativista teve uma atitude corajosa, de respeito, e aproveitou bem o espaço que lhe foi dado por esta justa causa, por esta causa fundamental que está nos dias de hoje", referiu.
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