Secretário-geral do PCP afirmou que único caminho que o Governo tem é retirá-lo da discussão.
O secretário-geral do PCP afirmou esta segunda-feira que o pacote laboral foi rejeitado do ponto de vista social e vai sofrer agora uma "derrota política", afirmando que o único caminho que o Governo tem é retirá-lo da discussão.
O pacote laboral "está rejeitado do ponto de vista social. Ele está rejeitado do ponto de vista da opinião pública. Ele está rejeitado do ponto de vista dos trabalhadores. O que falta é derrotá-lo do ponto de vista político. É isso que falta e é isso que vai acontecer", antecipou Paulo Raimundo em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do PCP.
O secretário-geral do PCP afirmou que a greve geral de quinta-feira foi uma "poderosa demonstração de força e unidade dos trabalhadores" perante a proposta do executivo e disse parecer-lhe uma evidência que, agora, "o pacote laboral está rejeitado e o único caminho a seguir é retirá-lo da discussão".
"Se o Governo insistir neste pacote, vai ter de enfrentar as consequências dessa decisão. E não há maiorias suficientes, políticas nem institucionais, capazes de suportar a força dos trabalhadores", afirmou, salientando que "nenhum Governo", independentemente da maioria que tenha, é capaz de "impor a sua vontade aos trabalhadores".
Paulo Raimundo salientou que já recordou uma vez ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que, em 2012, quando o Governo de Pedro Passos Coelho quis mexer na Taxa Social Única (TSU), "foi o início do fim daquele Governo".
"E pronto, eu não diria mais nada. É uma evidência", disse.
Questionado sobre as declarações da ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, que disse que recusa "voltar à estaca zero" no pacote laboral após a greve, Paulo Raimundo considerou essa "afirmação completamente inexpressiva", numa alusão às declarações do ministro António Leitão Amaro no dia da greve geral, que a considerou inexpressiva.
"A senhora ministra continua a viver no seu mundo e parece que não quis ouvir. O Governo entrou em negação. A senhora ministra acha que tem o campo aberto para continuar com esta obsessão de atacar os trabalhadores e os trabalhadores portugueses responderam de forma clara rejeitando essa opção", referiu, deixando um aviso a Maria do Rosário Palma Ramalho.
"Não vale a pena vir com manobras de retirar esta ou aquela peça para manter o essencial ou, como a ministra dizia, as 'traves mestras'. As 'traves mestras' são o quê? Mais precariedade, mais ataque aos horários, despedimentos sem justa causa, é o ataque aos salários. É sobre estas traves mestras que os trabalhadores se manifestaram", disse.
Sobre o facto de o Governo ter contestado os números dos sindicatos sobre a adesão à greve, Paulo Raimundo considerou que o executivo "perdeu uma boa oportunidade para estar calado" e afirmou que a "única coisa inexpressiva que houve no dia 11 foi a cara dos ministros e do primeiro-ministro".
"O Governo que continue a viver no seu mundo, o primeiro-ministro que continue com a sua arrogância e a viver na sua bolha. Façam o que quiserem. O que é um facto, objetivo e generalizado, é que o pacote laboral foi rejeitado", disse, aconselhando o executivo a retirar a proposta e antecipando que, se for levada a votos, o PCP votará contra.
Na sua declaração inicial, Paulo Raimundo considerou que "a força imensa que se libertou no quadro da greve geral constitui uma onda não só de resistência, mas também de esperança e construção da alternativa que se impõe".
"A poderosa expressão da greve geral contribui para o isolamento deste caminho em curso e abre a perspetiva de ampliação da frente social de luta para o derrotar", afirmou.
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