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PCP diz que troca de coordenador da task force não deve "constituir obstáculo ao processo de vacinação"

Paula Santos pede "aceleração" do processo de vacinação.

03 de fevereiro de 2021 às 20:25

O PCP defendeu esta quarta-feira que a demissão do coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 não deve constituir "um obstáculo" e salientou que "os abusos" na administração de vacinas devem ser penalizados.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a deputada Paula Santos afirmou que "aquilo que é importante neste momento" é que "este acontecimento não constitua aqui um obstáculo agora para o prosseguimento do plano de vacinação".

Para o PCP, devem ser adotadas medidas "no sentido de que o plano de vacinação continue a decorrer" e deve ser dada continuidade ao "que estava estabelecido".

"Essa é que a prioridade, que isto não constitua agora aqui uma dificuldade na concretização do plano de vacinação e que o plano de vacinação possa decorrer e que possa inclusivamente ser acelerado, mantendo naturalmente as prioridades em função dos grupos de risco", acrescentou.

Face às irregularidades na administração da vacina que têm sido reportadas, a deputada comunista classificou-as como "abusos" e defendeu que "deve haver penalização".

Apontando que se tem "registado um conjunto de incumprimentos no fornecimento" de vacinas, Paula Santos reiterou que deve haver "intervenção do Estado para a diversificação da aquisição das vacinas", que permita aos portugueses não ficarem "reféns daquilo que são os interesses da indústria farmacêutica" e dos "acordos que foram estabelecidos entre a indústria e a União Europeia".

A comunista pediu também que as vacinas sejam vistas como "um bem público" e que sejam libertadas as patentes, "para que os países também [as] pudessem produzir".

O Ministério da Saúde anunciou hoje que o coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, na sequência de "irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva".

O Governo indicou também que, após a saída de Francisco Ramos, o funcionamento da `task force´ "mantém-se assegurado pelos restantes membros do núcleo de coordenação", composto por elementos do Ministério da Defesa Nacional, Ministério da Administração Interna, Direção-Geral da Saúde e Autoridade Nacional do Medicamento.

A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arranca a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.

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