"A luta e a sua continuação vai ser o elemento determinante para o futuro que aí vem. Num quadro em que eles dizem que não vale a pena lutar, em que dizem que tudo é inevitável, esta grande resposta demonstra que os trabalhadores portugueses não estão dispostos a dar tréguas a uma guerra que lhes foi declarada pelo Governo", afirmou Jerónimo de Sousa à Lusa na avenida da Liberdade.
O secretário-geral comunista saudou o protesto, convocado pela CGTP, que tinha à "cabeça" os trabalhadores da empresa de camionagem TNC, e, distribuindo cumprimentos, subiu junto da janela dos camiões que "abriam" a manifestação. "Perante a gravidade da ofensiva, a sua dimensão, a sua profundidade, que tem como eixo central o aumento da exploração dos trabalhadores, obviamente tínhamos que apoiar esta manifestação", declarou.
Expressando que os comunistas estão "profundamente animados, confiantes e solidários" com o protesto, Jerónimo de Sousa prevê o endurecimento dos protestos no futuro, que o PCP promete continuar a apoiar.
O líder comunista sublinhou, assim, que "o PCP vai cumprir o seu compromisso de honra com os trabalhadores e o povo, que fez durante a campanha eleitoral, vai continuar a luta para uma mudança, para um futuro melhor".
"Quando nós verificamos a proposta de alteração da lei laboral, visando a destruição de direitos fundamentais, quando vemos as taxas moderadoras, o aumento dos impostos, do gás, da electricidade, então que resposta é que devemos dar?", questionou. "Essa resposta é de luta e, nesse sentido, tendo em conta o agravamento da situação em que o Governo vai passar dos anúncios à concretização das medidas, aqui estão os trabalhadores para dar resposta", defendeu.