A edição de hoje
Líder do PS diz que Governo não cumpre promessa na CP.
Pedro Nuno Santos considera que coligação da AD com IL seria “radical” e uma ameaça ao Estado social
De capote vestido e ginjinha na mão, Pedro Nuno Santos percorreu as ruas da Guarda para mostrar que o PS está forte e que vai contrariar as sondagens e até as últimas eleições. “Aquilo que elas nos dizem [as sondagens] é que vamos ganhar”, diz Pedro Nuno. O líder socialista explica que “no ano passado” a diferença era maior e o PS ficou a 0,8 por cento. “O PS é sistematicamente subestimado e há também sondagens em que estamos à frente”, remata Pedro Nuno.
Para já, os números apontam para uma vitória da AD sem maioria com a IL. Pedro Nuno considera que a AD com a Iniciativa Liberal seria “uma coligação radical que poderia pôr em causa o Estado social em Portugal”.
Sobre futuras coligações, o secretário-geral do PS é parco em palavras e não concretiza. Diz que o Presidente da República “pode ficar descansado” porque “um Governo PS” será “de diálogo” mas sem nunca explicar com quem teria uma maioria estável. Recupera apenas a “experiência” dos tempos da ‘geringonça’.
A caravana socialista segue na Guarda, distrito onde o PS desceu mais de 13 pontos percentuais, o que lhe custou um deputado para o Chega. De manjerico na mãos, confessa o desejo de voltar a ganhar o distrito. “O nosso desejo é ganhar”, já que o “Governo pelo Interior fez zero”, acrescenta.
Pedro Nuno voltou ainda a culpar o Executivo pela greve na CP. Diz que “no ano passado houve um acordo” para aumentos salariais em 2025 e que “não estão a acontecer”. Desvaloriza ainda ter admitido no passado a revisão da lei da greve. “Estão a misturar alhos com bugalhos”, disse ao explicar que nas greves que enfrentou havia serviços mínimos.
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