A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, esclareceu esta terça-feira que a pesca à sardinha nos meses de março e abril vai ser apenas residual, estando o grosso reservado para os meses seguintes.
"Durante dois meses vai ser permitida a pesca acessória, em que os pescadores podem apanhar sardinha até um máximo de 5% do total do pescado. Não é uma pesca direcionada, é acessória", disse a governante. Ana Paula Vitorino, que falava no final de uma visita à Feira Internacional do Setor Agroalimentar e Bebidas (SISAB), referia-se ao despacho divulgado na segunda-feira com as novas regras para a pesca da sardinha.
O Governo permite assim a captura da sardinha em março e abril, mas concentrando-a nos meses de maio, junho e julho. Depois do encerramento da captura de sardinha em janeiro e fevereiro, no âmbito do período de defeso biológico da espécie, os pescadores tinham pedido que o período de paragem fosse prolongado até final de abril para concentrar a pesca no período em que a sardinha tem mais qualidade e é mais rentável, mas o Ministério do Mar decidiu permitir já em março e abril a captura deste peixe, ainda que com limitações.
Esta terça-feira, a ministra frisou que esta foi uma "decisão de consenso" e que envolveu cientistas, pescadores e entidades públicas.
Aos jornalistas, Ana Paula Vitorino frisou que a autorização da captura da sardinha a partir de março, ainda que acessória, só pode ser dada porque o "'stock' estava melhor do que no ano passado". A governante disse ainda acreditar que Portugal vai conseguir aumentar a quota da sardinha ibérica porque os "dados científicos de dezembro mostram que já houve uma melhoria do 'stock'".