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PS Açores alerta para agravamento das condições socioeconómicas no arquipélago

Foi referida "uma crescente dependência dos apoios de emergência e de solidariedade", incluindo de "famílias de rendimento médio".

03 de novembro de 2025 às 13:59

O PS/Açores alertou esta segunda-feira para o "agravamento das condições socioeconómicas no arquipélago" e "uma crescente dependência dos apoios de emergência e de solidariedade", incluindo de "famílias de rendimento médio".

"A taxa de risco de pobreza ou exclusão social situa-se nos 28,4%, colocando-nos como a região do país com maior incidência de pobreza. Já a taxa de risco de pobreza após transferências sociais atinge 24,2%, muito acima da média nacional, que é de 17%", apontou a deputada Cristina Calisto, do grupo parlamentar do PS/Açores, citando dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).

Para a deputada do PS no parlamento açoriano, é "evidente o agravamento das condições socioeconómicas no arquipélago" e uma "crescente dependência dos apoios de emergência e de solidariedade, mesmo entre famílias que anteriormente não recorriam a esses mecanismos".

Segundo Cristina Calisto, os números do SREA "são claros" e "revelam que, apesar da retórica governamental, de que há uma redução de beneficiários do RSI, isto não se traduz na melhoria efetiva das condições de vida destes agregados".

"A acompanhar a diminuição do número de beneficiários do RSI, tem aumentado o recurso a outros apoios pecuniários, como o subsídio de precariedade económica e a Prestação Social para a Inclusão", disse a deputada, citada numa nota de imprensa do PS/Açores.

A deputada referia-se a dados disponibilizados pelo Banco Alimentar, que "confirmam também o aumento do número de famílias que procuram ajuda para bens alimentares, incluindo muitas encaminhadas diretamente pelo Instituto da Segurança Social dos Açores".

Os socialistas pedem esclarecimentos ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre as medidas que tem em curso para "apoiar quem enfrenta maiores dificuldades".

O PS/Açores quer saber, designadamente, se existe "um plano de monitorização das novas vulnerabilidades sociais, incluindo as que afetam famílias de rendimento médio".

Por outro lado, os socialistas questionaram o Governo açoriano sobre o número de famílias que recorreram ao subsídio de precariedade económica e à Prestação Social para a Inclusão entre 2022 e setembro de 2025 e os montantes atribuídos.

"Para o PS/Açores, o compromisso em defender políticas eficazes, que respondam à realidade das famílias e assegurem maior dignidade e estabilidade social no arquipélago, continua a ser uma das prioridades", sublinhou Cristina Calisto.

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