"O senhor é o ministro mais anti-social da história de Portugal!", afirmou o deputado socialista Miguel Laranjeiro, ao fim de um debate com o ministro da Solidariedade e da Segurança Social.
Nas suas intervenções, Mota Soares anunciou um aumento de 1,1% para as pensões mínimas no próximo ano e prometeu não reduzir o tempo de atribuição do subsídio de desemprego.
O debate foi, contudo, marcado por trocas de acusações entre deputados da maioria e da oposição sobre a responsabilidade pela actual crise.
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, insurgiu-se por o líder da bancada do CDS, Nuno Magalhães, ter acusado o PS de "desonestidade intelectual". Magalhães, por sua vez, recordou a Zorrinho que o deputado socialista Nuno Sá tinha acusado o Governo de "maioria intelectual".
Entre interjeições, apartes e pateadas dos deputados, Mota Soares voltou a usar da palavra quando já não dispunha de tempo para pedir a distribuição do relatório do Orçamento do Estado para 2011, recordando as responsabilidades do PS nesse documento.
O comunista António Filipe, que presidia aos trabalhos em substituição da presidente da AR, Assunção Esteves, censurou os deputados e o ministro por excederem os seus tempos: "Não é aceitável que o ministro tenha continuado a falar sem que a mesa lhe tenha dado autorização para tal."