João Torres acusa Luís Montenegro de incoerência e de "puro oportunismo político".
O secretário-geral adjunto do PS considerou esta segunda-feira que o PSD irá fazer "uma monumental cambalhota" esta noite caso apresente uma proposta de descida do IRS, acusando o líder social-democrata de incoerência e de "puro oportunismo político".
Em declarações à agência Lusa, João Torres considerou que, caso Luís Montenegro apresente esta segunda-feira à noite, na festa algarvia do Pontal, uma proposta de descida do IRS, será um "exercício de contorcionismo" e uma "monumental cambalhota".
"Aquilo a que temos assistido ao longo das últimas semanas prende-se com uma mudança total e uma incoerência muito significativa entre aquilo que hoje o PSD e o seu líder defendem e aquilo que o PSD teve a oportunidade de apresentar aos portugueses no seu programa eleitoral no âmbito das eleições de janeiro de 2022", sublinhou.
João Torres referiu que, nessa campanha eleitoral, o PSD defendeu "de forma ativa e militante" a descida do IRC, propondo uma redução do IRS só em 2025 ou 2026, ao contrário do PS, que "priorizou a continuação da descida do IRS".
"Há uma curiosidade adicional: um dos grandes estrategas do programa eleitoral do PSD nas eleições legislativas de 2022 era justamente o hoje líder parlamentar do PSD", Joaquim Miranda Sarmento, um dos braços-direitos do então líder do partido, Rui Rio.
O secretário-geral adjunto do PS acusou assim o PSD de não ter defendido "estruturalmente descidas no IRS" e de só o fazer agora "por puro oportunismo político".
"Aquilo que se exige ao PSD é que deixe de ser um vazio de ideias e, por isso, seria muito útil e muito oportuno que o PSD pudesse apresentar propostas verdadeiramente inovadoras, justas, mas que não comprometam o financiamento de importantes medidas para valorizar o rendimento disponível das famílias", sustentou.
Questionado se uma descida significativa do IRS iria comprometer o financiamento dessas medidas, o dirigente socialista respondeu: "Veremos o que defende o PSD".
João Torres afirmou que "é com o PS que os portugueses podem contar para baixar o IRS", salientando que "assim tem sido desde o final de 2015", quando o primeiro Governo liderado por António Costa tomou posse.
"Vamos prosseguir esse caminho - como aliás já foi descortinado quer pelo primeiro-ministro, quer pelo ministro das Finanças - de redução responsável do IRS para aliviar as famílias portuguesas, e muito em particular os mais jovens", disse.
O secretário-geral socialista defendeu também que, com os governos do PS, se tem assistido "a uma valorização do rendimento médio das famílias" e têm sido implementadas "medidas como o início da gratuitidade da frequência das creches", a garantia para a infância ou o programa "Mais Habitação".
"Ao longo dos últimos meses e dos últimos anos, as prioridades do PSD têm estado verdadeiramente trocadas. O PS tem-se afirmado como o partido que defende a valorização dos rendimentos, dos salários, das pensões. (...) O PSD tem estado contra a subida, por exemplo, do salário mínimo nacional e sempre colocou a descida do IRS para o final da sua lista de prioridades", criticou.
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