O ambiente político já levou o líder do CDS-PP, Paulo Portas, a desafiar o Executivo a negociar a conta geral do Estado para 2010, e acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de fazer "queixinhas".
"Se a Oposição continuar a fazer o que está a fazer, não há forma de aguentar", afirmou Ricardo Rodrigues à Rádio Renascença.
Ao CM, o deputado sublinha que se de 15 em 15 dias a Oposição continuar a viabilizar propostas que diminuem a receita mas não se assume onde se corta na despesa, então "isso é insuportável".
No domingo, o primeiro--ministro já tinha afirmado que o País não se governa com dois orçamentos: um do Parlamento, outro do Governo. A opinião foi corroborada pelo deputado socialista Vitalino Canas, que acredita que a Oposição "vai tomar consciência de que esta montagem de uma maioria absoluta é irracional". Vítor Ramalho, presidente da Federação Distrital do PS-Setúbal, disse ao CM que a aprovação do Orçamento rectificativo já foi um sinal dessa tomada de consciência. Já Aguiar Branco, do PSD, qualificou as críticas de José Sócrates de "pura gestão comunicacional".