page view

PS e BE pedem demissão de vereador de Lisboa acusado de fraude em eleições

PS, que tem três eleitos na Câmara de Lisboa, exige que Diogo Moura seja imediatamente afastado "da coordenação dos atos eleitorais no concelho".

10 de maio de 2024 às 20:06

O PS e o Bloco de Esquerda defenderam esta sexta-feira a demissão do vereador da Cultura da Câmara de Lisboa, Diogo Moura (CDS-PP), que foi acusado pelo Ministério Público (MP) de crimes de fraude em duas eleições internas dos democratas-cristãos.

Em causa está um despacho do MP que acusa o também vice-presidente do CDS-PP de "dois crimes de fraude em eleições, agravados", por ter alegadamente procurado manipular os votos de militantes em dois atos eleitorais (2019 e 2021), segundo noticiou na quinta-feira a CNN Portugal.

Em comunicados enviados hoje à agência Lusa, tanto a estrutura concelhia de Lisboa do PS, como do Bloco de Esquerda, instam o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), a substituir Diogo Moura.

"A 24 de abril de 2021, em entrevista ao Público, Carlos Moedas garantia que como presidente da câmara nunca estaria a trabalhar em linha direta consigo um vereador que esteja sob suspeita de qualquer tipo de caso. Nada disto acontece agora, com uma acusação judicial formal, no que é o teste do algodão à palavra de Carlos Moedas", lê-se na nota dos socialistas.

O PS, que tem três eleitos na Câmara de Lisboa, exige que Diogo Moura seja imediatamente afastado "da coordenação dos atos eleitorais no concelho".

"É incompreensível e inaceitável que alguém acusado de fraude eleitoral possa continuar a coordenar a realização das eleições na maior cidade do país", sublinham.

Numa nota curta enviada à Lusa, o Bloco de Esquerda considera igualmente que Diogo Moura "não tem condições para manter funções políticas no município de Lisboa", instando Carlos Moedas a substituir o autarca no cargo.

A Lusa contactou a Câmara Municipal de Lisboa, para obter uma reação do presidente da autarquia, mas este escusou-se a comentar.

Segundo noticiou a CNN Portugal, Diogo Moura "sabia que uma secretária da distrital de Lisboa estava na mesa de voto e enviou várias mensagens à mesma a pedir-lhe que introduzisse nas urnas votos de militantes que não se apresentassem na mesa de voto".

No entanto, de acordo com a mesma fonte, "a secretária da distrital nunca acedeu aos pedidos" e o caso acabou por ser denunciado e investigado pela PSP, tendo o autarca centrista sido agora acusado formalmente pela 4.ª secção do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa.

Ainda na quinta-feira, numa reação à CNN Portugal, Diogo Moura afirmou que nunca foi "condenado" ou "julgado", "nem sequer pronunciado", assegurando que está "absolutamente inocente".

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8