Não houve consenso entre os partidos para marcar o regresso do debate quinzenal com António Costa. Os partidos da oposição defendem que o primeiro-ministro devia ir ao parlamento em outubro mas a maioria e o Governo bloquearam essa hipótese.
O regimento diz que não pode haver debates quinzenais na quinzena a seguir a uma moção de censura - aconteceu esta terça-feira - e o PS defende que não pode também acontecer depois da entrega do orçamento - dia 10.
Os partidos da oposição consideram que o regimento apenas limita os debates quinzenais na altura do debate do Orçamento do Estado que apenas começa no dia 26.
O PSD diz que o PS e o Governo não estão disponíveis para marcar a presença do primeiro-ministro antes do orçamento e culpa o Chega por ter ajudado o Governo.
A Iniciativa Liberal (IL) considera bizarra a leitura que o PS e o Governo fazem para bloquear a retoma dos debates quinzenais.
O Bloco de Esquerda também culpa o Chega por ter ajudado a adiar o debate quinzenal e diz que o PS ficou isolado. O Livre considera que o partido de André Ventura foi desleal ao Parlamento ao ter marcado a moção de censura.
O PCP também queria Costa no Parlamento no início de outubro, afirmando que "o Governo não pode fugir". O PAN fala em "triste espetáculo" e defende a reposição.