Partidos já reagiram ao relatório entregue hoje sobre os incêndios que mataram 48 pessoas em outubro.
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O PS expressou reconhecimento e agradecimento pelo trabalho da Comissão Técnica Independente aos incêndios de outubro de 2017, que entregou hoje o seu relatório ao parlamento, remetendo uma posição para depois do estudo desse documento.
"O PS expressa o seu reconhecimento e agradecimento ao trabalho da Comissão Técnica Independente, que, à similitude do que já havia feito relativamente à tragedia de Pedrogão, entregou hoje o relatório aos incêndios de outubro", declarou Filipe Neto Brandão aos jornalistas no parlamento.
O vice-presidente da bancada do PS sublinhou que, "por respeito ao trabalho proferido por essa comissão e que se encontra plasmado em perto de 300 páginas", é ainda "prematuro extrair considerandos que não aqueles que foram expressos pelo próprio presidente da Comissão Técnica Independente".
"Não creio que seja sério, perante 300 páginas e o trabalho aturado de vários meses podermos, em escassos minutos, pronunciarmo-nos", afirmou, minutos depois do relatório ter sido entregue na Assembleia da República.
Confrontado com a afirmação do presidente da comissão de que falhou a capacidade de "previsão e de programação" para "minimizar a extensão do incêndio" na região centro, Filipe Neto Brandão reiterou que os socialistas se pronunciarão depois de puderem ler o relatório.
"Também vi as mesmas declarações e também referiu que não haveria eventualmente possibilidade de alteração do dispositivo entre um fenómeno e outro, teremos obviamente de nos debruçar sobre as duas questões", respondeu.
A Comissão Técnica Independente sobre os incêndios concluiu que falhou a capacidade de "previsão e de programação" para "minimizar a extensão do incêndio" na região centro, que fez 48 mortos.
Esta é uma das conclusões da comissão criada pelo parlamento, que entregou hoje o seu relatório na Assembleia da República, em Lisboa.
"Era possível encontrar soluções prévias de programação e de previsão que pudessem ter amenizado o que foi a expansão do incêndio", afirmou João Guerreiro, o presidente da comissão, em declarações aos jornalistas, no parlamento.
Para João Guerreiro, apesar de se estar em outubro, fim da época de incêndios, havia possibilidades de minimizar os efeitos dos incêndios, a 14, 15 e 16 de outubro de 2017.
O documento foi entregue, pouco depois das 17:30, pelo presidente da comissão e ex-reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, numa audiência com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, em Lisboa.
PSD destaca "falta de meios", descoordenação e ausência de alerta às populações
O PSD salientou hoje do relatório da Comissão Técnica Independente aos incêndios de outubro de 2017 a "falta de meios", a descoordenação e a "ausência total de alerta às populações", manifestando-se disponível para contribuir para soluções.
"Denota-se uma falta de coordenação, denota-se uma ausência total de alerta das populações. Isto é que nos parece muito preocupante. O Estado falhou, não teve capacidade de avisar as pessoas, não fez alerta público e isto permitiu que muitas das nossas populações fossem apanhadas de surpresa. As vigilâncias aéreas não foram feitas porque não havia meios para esse fim", defendeu o vice-presidente da bancada social-democrata Carlos Peixoto.
De uma primeira leitura das conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) aos incêndios da região Centro, Carlos Peixoto sublinhou a "evidência clara" que aponta para "a falta de meios humanos e meios aéreos, sublinhando-se que de, setembro para outubro, o Governo diminui 3.400 bombeiros no país e cerca de 30 meios aéreos".
Carlos Peixoto argumentou ainda que aqueles factos concorreram com um "fenómeno extremo", a passagem do furacão Ofélia, que, argumentou, "não foi, claramente, a única causa principal destes incêndios".
"O PSD estará absolutamente disponível para, com todos os outros partidos, encontrar fórmulas e soluções para, no futuro, as nossas populações estejam devidamente salvaguardadas e seguras e que o Estado consiga responder eficazmente a todos estes desafios e àquilo que é a segurança pública, coletiva e individual, de cada um de nós", expressou ainda o deputado social-democrata, que agradeceu o trabalho da CTI.
CDS-PP destaca "falha gravíssima de prevenção" em outubro (C/ ÁUDIO)
O deputado do CDS-PP Telmo Correia destacou hoje a "falha gravíssima de prevenção" apontada no relatório sobre os incêndios de outubro na região Centro de Portugal, numa primeira análise ao documento da Comissão Técnica Independente (CTI).
"O relatório tem aspetos importantes. É claríssimo na existência de uma falha gravíssima que foi a falha da prevenção. As ignições eram previsíveis, as condições meteorológicas eram extremas, tínhamos o 'furacão Ophelia' e nada disso foi pensado, prevenido ou ponderado", afirmou Telmo Correia, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Segundo o deputado democrata-cristão, o documento "é muito claro - existiu essa falha muito grave, continuou a existir e tem de ser melhorada - e aponta sugestões que são importantes".
"[O relatório] lança uma ideia completamente nova que tem de ser pensada e ponderada: uma unidade de missão para estudar os meios e a forma, seja do ponto de vista do financiamento, seja da organização, de quem tem a responsabilidade do combate e do apoio às populações, numa primeira linha, ou seja, as corporações de bombeiros", sublinhou.
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