Márcia Henriques considera que deve haver mais partidos na Assembleia da República.
A presidente do RIR (Reagir Incluir Reciclar), Márcia Henriques, apelou esta terça-feira ao voto dos indecisos e para que "não caiam no erro" do voto útil, considerando que deve haver mais partidos na Assembleia da República.
"Vem outra vez [à campanha] o 'bicho papão' do voto útil e eu espero que as pessoas não caiam nesse erro, porque já tivemos agora esta experiência, o voto útil no PS deu-nos uma maioria absoluta que afinal não resultou", disse à Lusa Márcia Henriques, no Campus de Justiça, em Lisboa.
Antes de ser ouvida no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), no âmbito do inquérito aberto após a queixa apresentada pelo partido aquando da autorização do abate de mais de 1.800 sobreiros em Sines, a presidente do RIR considerou positivo que haja mais partidos na Assembleia da República, para "fazer o caminho mais difícil" mas "mais sólido para o futuro", que é "negociar as medidas e as soluções para o país".
Assumindo-se como um partido situado ao centro no espetro político, Márcia Henriques defendeu que a dicotomia esquerda/direita "é prejudicial" e "é também uma das razões para existirem tantos indecisos".
"Peço a essas pessoas que arrisquem [no voto no RIR], porque não se vão arrepender", apontou a sucessora de Vitorino Silva (conhecido como Tino de Rans) na liderança do partido, manifestando-se confiante de que vão conseguir alcançar representação parlamentar nas eleições legislativas do próximo domingo, ou, pelo menos, ultrapassar os 35.359 votos que obtiveram em 2019 (em 2022 conseguiram 23.232 votos).
Questionada sobre como tem visto a campanha dos grandes partidos, Márcia Henriques considerou que estão "a passar um bocadinho ao lado" dos temas prementes, abordando-os de forma superficial.
"Eles não vivem a nossa realidade e quando eu digo 'nossa' é a do cidadão comum que tem o seu trabalho, que tem o seu dia a dia, que tem filhos na escola, que tem de ir ao centro de saúde ou ao hospital. Eles não vivem isso e, portanto, eles não conseguem identificar a raiz de muitos problemas e esse é um entrave também para o nosso futuro, porque não conseguindo identificar o problema, não conseguimos ter uma solução acertada", criticou.
Quanto ao motivo da presença no DIAP, Márcia Henriques explicou que, em agosto de 2023, quando foi conhecida a decisão de autorizar o abate de 1.821 sobreiros em Sines, para a instalação de um projeto de energias renováveis da EDP, o RIR pediu à Procuradora-Geral da República "para averiguar se, de facto, existe imprescindível utilidade pública do projeto".
"São 1.800 árvores e, mesmo que sejam replantadas, só daqui a 25 anos é que temos sobreiros novos. O que nós consideramos é que não nos podem impor uma transição energética à força, porque o ecossistema tem de subsistir, tem de haver aqui um equilíbrio, senão qualquer dia temos painéis solares pelo país inteiro e não temos ar para respirar", realçou a líder do RIR.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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