Barreiras Duarte classificou o congresso do partido como "um exemplo de união e pluralismo".
1 / 3
O novo secretário-geral do PSD assegurou esta quarta-feira ao CDS-PP que "pode contar" com os sociais-democratas para trabalhar nos próximos dois anos para que o país possa voltar a ter uma maioria de centro-direita.
A declaração política do PSD centrou-se no congresso do partido, que decorreu no passado fim de semana, e ficou a cargo de Feliciano Barreiras Duarte, que reiterou a disponibilidade para o "diálogo com os outros partidos", em especial com aqueles com quem os sociais-democratas têm "maior proximidade".
"Se o país precisa de ter ou não uma maioria de centro direita alternativa à atual governação: pode contar com o PSD, que é nesse sentido que trabalharemos nos próximos meses e durante os anos de 2018 e 2019", afirmou Barreiras Duarte, em resposta a uma questão que tinha sido colocada pelo líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.
O secretário-geral do PSD e deputado fez ainda questão de saudar, em nome da nova direção política, Hugo Soares, naquele que deverá ser o seu último dia como líder parlamentar, já que na quinta-feira se realizam eleições para a bancada, depois de o presidente Rui Rio lhe ter manifestado vontade de trabalhar com outra direção parlamentar.
Antes de fazer a declaração política, Feliciano Barreiras Duarte estava sentado na primeira fila da bancada do PSD entre Hugo Soares e o candidato único a presidente da bancada, Fernando Negrão.
Na sua intervenção, Barreiras Duarte classificou o congresso do PSD como "um exemplo de união e pluralismo".
"Alguns partidos políticos, mais habituados às regras do centralismo democrático, nunca poderão perceber que a força da democracia reside no respeito pelas opiniões dos outros, mesmo quando diferentes, e que esse respeito é uma força e não uma fraqueza dos partidos democráticos", referiu.
O secretário-geral passou em revista os temas que Rio definiu como prioritários no congresso, como a natalidade, o apoio aos idosos, a saúde, a educação ou a descentralização, e salientou que decorrem de "uma visão personalista e interclassista".
Acusando o Governo do PS de estar "refém do BE e do PCP", Barreiras Duarte desafiou estes partidos a criticarem o que chamou de "austeridade escondida" da atual governação, tendo recebido na resposta muitas críticas ao anterior executivo PSD/CDS-PP.
Pelo PS, a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes felicitou Rui Rio pela "nova era de diálogo" aberta entre PSD e Governo, mas considerou que o partido "continua a ser o mesmo de sempre".
"Esta nova era é de reconhecimento de que Portugal está hoje muito melhor?", questionou a socialista, dizendo que "não vale apenas o discurso das questões sociais, são precisas medidas concretas".
Por outro lado, a deputada do PS considerou que o congresso do PSD debateu mais as "querelas internas" do que medidas, recebendo como resposta de Barreiras Duarte que, nessa matéria, os sociais-democratas são "meninos de coro" ao pé dos socialistas.
BE, PCP e Verdes confrontaram o secretário-geral e deputado do PSD com a governação entre 2011 e 2015, considerando que nada mudou nas intenções dos sociais-democratas.
"A grande mensagem foi que o PSD tem um novo cantor uma e uma nova música, mas esmiuçando percebemos que a letra da música é exatamente a mesma", criticou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, desafiando o novo líder a "pedir desculpas" pelo corte de salários e pensões feito na anterior legislatura.
João Oliveira, presidente da bancada comunista, acusou o PSD de tentar fazer um "apagamento de memória" e de branquear as responsabilidades do partido nos "gravíssimos problemas" que o país ainda tem.
"O PSD está mesmo convencido que os portugueses já se esqueceram do mal que lhes fizeram e que lhe perdoam o mal que lhes fizeram?", questionou.
Na mesma linha, Heloísa Apolónia, pelos Verdes, lamentou não ter ouvido no congresso do PSD o "mínimo sinal de arrependimento" pelas políticas que praticaram.
"Querem saber se nos arrependemos disto ou daquilo: não estamos arrependidos de ter mandado embora a 'troika'", respondeu Feliciano Barreiras Duarte, reiterando que o "objetivo claro" do PSD é vencer as próximas eleições legislativas.
"Ao contrário do que possam pensar, os portugueses que nos deram a vitória em 2015 estarão muito atentos à governação do PS e à austeridade escondida", acrescentou.
Do CDS-PP, o novo secretário-geral do PSD recebeu um conselho para não ter demasiada esperança na aprovação de propostas por parte da atual maioria.
"Nos últimos dois anos, as nossas propostas tiveram um único caminho: o caixote do lixo", afirmou Nuno Magalhães, assegurando, contudo, que o partido manterá a disponibilidade para consensos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.