A edição de hoje
No centro da polémica está uma empresa que trabalha na compra e venda de imóveis e que é propriedade da mulher e dos dois filhos de Luís Montenegro.
Os partidos da oposição pediram este sábado ao primeiro-ministro que esclareça o potencial conflito de interesses com uma empresa imobiliária da família, que o CM revelou em exclusivo.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, apontou que Montenegro “deve dar explicações, como sempre exigiu quando estava na oposição, para que não se perca a confiança nas instituições e nos políticos”, acrescentando que “o conflito de interesses tem de ser uma preocupação de todos os políticos” para que “não haja dúvidas de que as decisões tomadas não têm como objetivo o benefício próprio”.
Já o Chega exigiu, em comunicado, “um esclarecimento sério e clarificador” de Luís Montenegro sobre quaisquer eventuais conflitos de interesses do chefe de Governo, ameaçando “desencadear as devidas ações políticas para responsabilizar” o primeiro-ministro.
No centro da polémica está uma empresa que trabalha na compra e venda de imóveis e que é propriedade da mulher e dos dois filhos de Luís Montenegro. A firma pode beneficiar das alterações na lei dos solos, o que abre um potencial conflito de interesses para o próprio primeiro-ministro, já que está casado em comunhão de adquiridos com a principal sócia da empresa. Luís Montenegro considera que não há conflito.
“PM não tem nenhuma imobiliária”
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, defendeu este sábado Luís Montenegro, garantindo que “o primeiro-ministro não tem nenhuma imobiliária nem tenciona ter uma” e que o tema é “um não assunto”. O social-democrata apontou que a empresa é uma consultora e que “qualquer pessoa que se dedica à causa pública teve uma vida antes e depois”. “Têm o direito a trabalhar e a exercer funções”, sublinhou.
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