Candidato voltou a apontar que se está "num ponto de não retorno" quanto à realização das eleições a 24 de janeiro.
O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves acusou esta quarta-feira o Governo de impreparação e de "lavar as mãos" na questão do voto antecipado no domicílio e nos lares, um procedimento que diz estar a ser "suportado" pelas autarquias.
"O cenário é kafkiano", descreveu o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) à saída de uma reunião com o autarca do Porto, Rui Moreira, que tem alertado para dificuldades na aplicação dos procedimentos para o voto antecipado para as pessoas confinadas e utentes dos lares devido à pandemia de covid-19.
O candidato descreveu um cenário em que o presidente da Câmara do Porto só vai saber na segunda-feira quais as pessoas que estarão confinadas e depois, na terça e quarta-feira, ter de ir com uma brigada de 10 a 15 elementos a casa das pessoas, com equipamentos de proteção individual completo, recolher votos, desinfetar-se, ir a outra casa recolher votos e desinfetar-se outra vez.
"Realmente quem concebe isto por decreto não entende como as coisas se fazem no terreno", afirmou Tiago Mayan.
O candidato voltou a apontar que, neste momento, se está "num ponto de não retorno" quanto à realização das eleições a 24 de janeiro, mas recordou que a pandemia existe há 10 meses e que se sabia que ia haver uma segunda vaga.
"E a total falta de previsão e a total impreparação do Governo para perceber este tipo de problemas e para perceber o terreno é um fator de risco para as pessoas e é um fator de preocupação", sublinhou.
Para Mayan, a solução para esta questão seria, desde logo, "assegurar a quem vai estar no terreno mais meios e mais capacidade".
"O que eu acabo de descrever está sempre a ser suportado pelas autarquias, o Governo central lavou as mãos deste assunto", salientou.
O candidato liberal acredita que o presidente da Câmara do Porto fará o "seu trabalho e fará com todo o esforço necessário", no entanto fez questão de deixar este "alerta", para não se repetir em próximos atos eleitorais.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.080 pessoas dos 496.552 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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