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Votos em branco não travam nova liderança do PSD

Fernando Negrão deverá hoje ser eleito presidente da bancada social-democrata.

22 de fevereiro de 2018 às 01:30

Parte dos deputados do PSD prepara-se para castigar as escolhas do novo líder, Rui Rio, para os órgãos do partido na votação para a eleição do novo líder parlamentar, Fernando Negrão. O ex-ministro da Justiça deverá ter um número elevado de votos em branco, mas segundo apurou o CM a contestação interna não travará a mudança na bancada.

Vários parlamentares desvalorizam ao CM a divisão entre os sociais-democratas, adiantando ser "normal" haver "alguma crispação depois de um processo de eleições diretas tão disputado" e de escolhas "mais contestadas" de Rio para a direção do partido. "São questões internas normais", frisa um deputado, não acreditando que em cima da mesa esteja outro cenário que não a eleição de Fernando Negrão.

Outro parlamentar lembra que "Negrão é um sobrevivente" e que, mesmo que o ex-ministro da Justiça obtenha um resultado abaixo dos 50% mais um voto, que traçou como meta, assumirá o cargo. E lembra que, apesar de Negrão ter reduzido as vice-presidências de 12 para sete, optou por quase não fazer alterações nas coordenações setoriais. Esta quarta-feira, quando questionado sobre o que fará com um resultado baixo, Negrão respondeu "verei".

Para já está excluída a hipótese de Hugo Soares, o ainda líder parlamentar, afrontar Rui Rio com uma candidatura à bancada.

Rio vai reunir-se com a líder do CDS   

O novo presidente do PSD vai reunir-se com a líder do CDS-PP no dia 1 de março. O encontro com Assunção Cristas, que terá lugar na sede dos centristas e que incluirá um almoço, acontece duas semanas depois de Rio se ter encontrado com o primeiro-ministro em S. Bento.

Esta quarta-feira, em Madrid, Cristas afirmou que o CDS teve sempre "uma postura positiva e construtiva, "colocando em cima da mesa aquilo que entendemos serem áreas relevantes para haver convergência entre os partidos".

Elina Fraga "ainda deve explicações" sobre a Ordem   

O líder parlamentar do PS, Carlos César, entende que "a escolha de Elina Fraga, com a carga que ela teve, não pode deixar de ser uma opção do PSD, ou prenúncio de opção, em matéria da sua política na área da Justiça". À TSF, o socialista frisou também que a ex-bastonária "ainda deve explicações" sobre as contas da Ordem dos Advogados.

Pelo contrário, o ex-presidente do PSD Luís Filipe Menezes considerou, num balanço aos "três primeiros dias de consulado de Rui Rio", "positivo" que este tenha "obrigado Elina Fraga a dar explicações extensas sobre o inquérito que a envolve".

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