200 mil sofrem do vício do jogo
Cerca de um milhão de portugueses teve problemas com o jogo ao longo da vida. Destes, cerca de 200 mil caíram no vício. Uma dependência que culmina num elevado número de suicídios.
A população em risco ronda entre os 403 e 873 mil portugueses. Destes, 16 124 não conseguem parar, revela o estudo ‘Epidemiologia da Dependência de Jogo a Dinheiro em Portugal’, realizado pela Universidade Católica por iniciativa da Misericórdia de Lisboa. Henrique Lopes, que liderou a investigação, avançou que "embora não existam dados relativos à progressão da dependência em Portugal, em outros países da Europa Ocidental, com um valor de população em risco semelhante ao nosso País, registou-se um crescimento de 300 por cento desde 1970". Os homens são os mais atingidos pelo vício, e a faixa etária mais afectada, em ambos os sexos, é a dos 26 aos 40 anos. A taxa de suicídio entre os dependentes é de 2%, um valor elevado face à média nacional de 0,02%. Os viciados confessam que já tiveram problemas na carreira profissional e com a família: em 22% o casamento falhou. Quase um quarto dos viciados no jogo confessa que já vendeu património e 80% esconde a dependência da família. Os jogos clandestinos, como a bolha, são mais viciantes, seguidos dos jogos a dinheiro na net, as slot machines e o bingo.
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