Líder islâmico agride mulher à cotovelada
Companheira do sheik Munir agredida, em Lisboa.
Osheik David Munir, líder da Mesquita Islâmica Central de Lisboa, é acusado pela mulher de lhe ter desferido duas cotoveladas, deixando-a a esvair-se em sangue, e com necessidade de internamento hospitalar. Confrontado pelo Correio da Manhã com estas denúncias, David Munir não comentou.
Os factos, segundo refere o auto policial a que o CM teve acesso, ocorreram pouco depois da meia-noite de terça-feira, 4 de agosto, no quarto do casal dentro da mesquita. A refugiada do Afeganistão de 29 anos, casada com David Munir, de 52 anos, desde janeiro de 2014, afirmou à PSP ter discutido com o marido. A mulher diz ter sido insultada, deitando-se em seguida. Foi então que o sheik a atingiu com duas cotoveladas no nariz.
A mulher disse aos agentes ter saído do quarto, em busca de ajuda. Telefonou a uma amiga afegã, que chamou o socorro. À PSP, David Munir começou por desmentir a agressão, vindo a acusar a mulher de ter doença bipolar.
O INEM levou a vítima ao Hospital de Santa Maria. Foi assistida a um hematoma no nariz, com muita perda de sangue. Quando teve alta acompanhou uma patrulha à PSP de Campolide. A refugiada apresentou queixa-crime contra o marido pelo crime de ofensas corporais. A refugiada afegã regressou à Mesquita de Lisboa, mas desde então que não fala com o marido e pernoita no quarto da filha.
Uma equipa do CM tentou, ontem à tarde, obter um comentário de David Munir. O sheik islâmico afirmou que se trata de uma "questão pessoal" e não se pronunciou.
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