O que disse Pedro Dias quando se entregou
Diz que não matou ninguém e garantiu nunca ter saído do país.
Pedro Dias entregou-se às autoridades esta terça-feira, dia 8 de novembro. Em declarações à RTP, diz que não matou ninguém e confessa nunca ter saído de Portugal. Garantiu várias vezes que apenas se entregou porque não consegue conviver com a ideia de ser um "fugitivo o resto da vida".
O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira afirmou que sobreviveu nas últimas semanas com 60 euros e a comer castanhas e nozes. Tomou banhos em rios e casas abandonadas e defende que a história "está muito mal contada".
Não se entregou mais cedo porque não se sentia seguro e declara que estava a ser vítima de "tentativas de homicídio", referindo-se às operações policiais.
Pedro Dias refere que nunca esteve em fuga e defende que apenas estava a "tentar sobreviver". À RTP, justifica ainda que tudo começou com um mal entendido. Estava a dormir dentro do carro quando foi abordado pela GNR às 3h30 da manhã.
Para o suspeito, só o militar da GNR ferido é que pode explicar o que aconteceu. De acordo com a jornalista da estação pública, Pedro Dias atribui a este militar a responsabilidade por tudo o que aconteceu a seguir.
Diz que pelas 9h30 da manhã desse mesmo dia, recebeu uma chamada de uma sargento da GNR que o informou: "Você vai ser morto". Pedro Dias estava já dirigir-se para Arouca mas, quando recebeu a chamada, compreendeu que não podia regressar a casa e foi aí que decidiu fugir.
Quanto à entrega, esta terça-feira, garante que os pais não sabiam e que nunca o ajudaram. Só os advogados, os jornalistas, a irmã e uma amiga de longa data é que tinham conhecimento. Dias antes, tinha deixado um bilhete a um familiar próximo a dizer que se queria entregar esta terça-feira.
Diz também que conseguia fugir "para sempre se quisesse".
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