Médico português rouba os pais e manda matar irmão

Desde novembro de 2015 que Manuel Pereira Marques, médico português de 64 anos, estava a ser pressionado pelo irmão Garcia Pereira Marques, também ele emigrado no Brasil. Motivo: o clínico tinha tirado da conta dos pais mais de 300 mil euros. Para parar com a cobrança do dinheiro, Manuel mandou matar o próprio irmão. Garcia, empresário com cerca de 60 anos, foi assassinado com seis tiros nas costas e na garganta. O homicídio aconteceu em maio de 2016, em Maringá, no estado do Paraná.

O médico português convenceu o genro da vítima e mais duas empregadas a cometerem o crime e a simular um roubo. Foram apanhados e, agora, o médico fez um pedido de libertação que foi rejeitado pelo juiz. Manuel Marques garante nada ter a ver com o homicídio do irmão e pediu para sair da cadeia.

O advogado diz que Manuel tem estado a perder peso e que sofre com a ausência da família. Nada que impressione o juiz, que não aceita que seja trocada a prisão preventiva por outras medidas cautelares, até para garantir a "ordem pública".

O médico vai por isso continuar na cadeia a aguardar o desfecho do processo. Para além dele, os executantes do homicídio estão também presos - o genro da vítima, Alexandre Bombachini, e as duas mulheres.

As detenções aconteceram poucos meses depois do crime, numa altura em que a polícia brasileira se apercebeu de que não tinha havido qualquer assalto mas sim a simulação de um crime. Os investigadores chegaram ao nome do médico, uma vez que recebeu uma mensagem com o conteúdo: "Está feito".