Alunos negam saltos no muro da tragédia

Quatro estudantes começaram a ser julgados pela morte de três colegas durante praxe, na Universidade do Minho.

25 de abril de 2017 às 09:25
estudantes, saltos, tragédia, alunos, ensino, Universidade do Minho, colegas, praxe, Braga Foto: Hugo Delgado / Lusa
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Os quatro estudantes acusados de provocar a queda da estrutura que matou três colegas durante uma ‘guerra de cursos’, em Braga, negaram ontem, no início do julgamento, ter saltado em cima do muro que ruiu.

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Numa sessão marcada pelas fortes emoções, os quatro jovens arguidos recordaram o que se passou na tarde do dia 23 de abril de 2014. Admitiram estar em cima da estrutura das caixas do correio, na rua de Vilar, junto à Universidade do Minho, mas garantiram ao tribunal que não houve saltos.

Num depoimento sofrido, Álvaro Rodrigues, pai de Vasco Rodrigues, uma das três vítimas da tragédia, disse que a sua vida e a de toda a família ficaram "desfeitas". Sem conseguir conter as lágrimas, o pai de Vasco, que se constituiu assistente no processo, lamentou que os colegas das vítimas mortais estejam a ser julgados e disse mesmo que os jovens foram "bodes expiatórios" de um caso que devia ter sentado outros responsáveis no banco dos réus.

Recorde-se que as famílias recorreram da decisão do Ministério Público de não levar a julgamento um fiscal e um engenheiro da Câmara de Braga, além do responsável de uma empresa de condomínios, que chegaram a ser constituídos arguidos, mas que acabaram por não ser pronunciados.

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Álvaro Rodrigues emocionou o tribunal ao recordar o número exato de dias que passaram sobre a morte do filho. "Não há dia nenhum que não vá ao cemitério", sublinhou.

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