Dor e emoção no adeus ao pequeno Rodrigo
Menino de quatro e o tio morreram cercados pelas chamas na tragédia em Pedrógão Grande. Funeral decorreu em Camarate.
Os pais do pequeno Rodrigo eram o rosto da dor no funeral do menino, que decorreu esta quinta-feira em Camarate, em Lisboa.
Os pais do menino, que estavam de lua de mel quando se deu a tragédia, estiveram abraçados durante todo o decorrer das cerimónias fúnebres, que contaram com centenas de amigos, familiares e populares.
Avó desesperada procurou o neto
"O meu neto Rodrigo não conseguiu fugir do fogo", gritava a avó em pânico, ao CM, Fernanda Alexandra, de 56 anos, enquanto, desesperada, continuava a tentar chegar à zona onde o neto, de 4 anos, e o tio foram encontrados mortos, carbonizados junto a uma viatura, numa estrada secundária nas imediações da aldeia de Nodeirinho.
Fernanda Alexandra, que vive em Lisboa mas avançou para a zona de Pedrógão Grande mal soube que o neto estava desaparecido, ainda acalentava esperança, mas ficou em pânico quando se deparou com a realidade: Rodrigo é uma das vítimas da tragédia.
"O menino ficou com os tios porque os pais estão em São Tomé e Príncipe [em lua de mel, depois de terem casado há uma semana] e veio cá passar o fim de semana", disse a avó ao CM, em lágrimas, na zona do IC8 que foi cortada por ordem da GNR.
A solidariedade para com a família de Rodrigo estendeu-se aos colegas do pai na TAP, onde é técnico de manutenção aeronáutica, através do Facebook.
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