Suspeito de rapto de Maëlys desvaloriza arranhões no seu corpo
“Arranhões são coisas da vida”, disse Nordahl Lelandais.
Quinze dias depois de Maëlys Araújo ter desaparecido num casamento, as buscas pela menina de nove anos ainda não abrandaram e continuam sobretudo na zona envolvente à casa onde vivia Nordahl Lelandais, de 34 anos, preso pelo rapto da menina, em França. Mas, até ontem, zero resultados. Entretanto, um jornal francês divulgou o áudio de uma entrevista com Nordahl quando ainda estava sob custódia policial, um dia antes de ter sido preso preventivamente.
O homem não se alongou muito, apenas referiu que era inocente. "Conheço os noivos, a família da criança. As acusações são muito graves."
No dia a seguir a estas declarações, Nordahl acabou detido quando chegaram à polícia os resultados dos exames que comprovaram a presença de ADN da menina no carro do raptor. Sobre os arranhões que apresentava num braço e num joelho, disse que "eram coisas comuns da vida".
O facto de ter lavado o carro, a presença de ADN no veículo e as constantes contradições tramaram Nordahl. Os investigadores agora andam a passar a pente fino o sistema de videovigilância das estradas por onde passou o Audi A3. O suspeito tem o apoio da família, que acredita na sua inocência.
Entretanto, os amigos da mãe de Maëlys Araújo juntaram-se para ajudar a família. Em apenas um dia - no domingo - conseguiram juntar quase 30 mil euros em donativos. O objetivo é sustentar o casal e a filha mais velha numa altura em que estão a acompanhar as buscas e não podem ir trabalhar.
Recorde-se que Maëlys Araújo desapareceu na madrugada do dia 27 de agosto quando estava com os pais e a irmã mais velha num casamento. O alerta às autoridades foi dado às 03h00.
Mãe perguntou ao raptor pela filha menor A mãe de Maëlys disse às autoridades que quando a menina desapareceu e os convidados procuravam a criança chegou a perguntar ao raptor se tinha visto a filha.
O homem respondeu negativamente. A mulher especificou que Nordahl saiu do salão de festas antes da chegada da polícia. Os agentes falaram ainda com a filha mais velha do casal, que referiu ter visto o homem a mostrar fotografias dos cães no telemóvel às crianças, incluindo a Maëlys.
Cleyet Araújo, pai da menina, diz ter ainda esperança de encontrar Maëlys viva.
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